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Servidores do Indea devem entrar em greve a partir do dia 30

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Servidores do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), em todo o Estado, devem paralizar suas atividades a partir do dia 30. A decisão foi tomada após reunião entre o presidente do do instituto Jurandir Taborda Ribas e a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola, Agrário e Pecuário do Estado de Mato Grosso (Sintap-MT), Diany Dias. De acordo com a assessoria, a greve deve iniciar caso haja descumprimento das solicitações da categoria, protocolada na reunião com delegados de base das unidades de Mato Grosso. A principal reivindicação seria melhoria na reestruturação do órgão.

A decisão surgiu a partir do posicionamento de Ribas que, segundo Diany, não foi satisfatório. “Não aguentamos mais essa situação. Já esperamos desde quando o atual governador ainda era vice e prometeu nos atender. Até agora só ouvimos promessa e a partir daqui teremos um prazo. Se eles não atenderem as nossas necessidades até o fim deste mês, entraremos em greve”, salientou.

Diany ressalta ainda que a categoria já esperava que o Governo fosse protelar, mas já estavam preparados. Jurandir, por sua vez, afirma que ficou surpreso com a declaração da presidente. “Estamos reunidos hoje porque estou disposto a ouvir as necessidades dos servidores, mas confesso que estou surpreso. Só tenho a dizer que levarei essa situação agora (ontem) mesmo para os secretários da Casa Civil e SAD”, afirmou.

Segundo Ribas, o Indea já está com projetos em andamento para melhoria na restruturação do órgão, uma das maiores reivindicações da categoria. O presidente explanou brevemente todas as ações que estão em fase de implantação e assegurou que as demandas dos servidores serão atendidas de acordo com a possibilidade de recursos financeiros, injetados pelo Governo Federal.

Os delegados de base expuseram suas necessidades e aguardam decisão até o prazo determinado. “Não estamos em condições de trabalhar. Os servidores estão trabalhando com o mínimo possível. Para se ter uma ideia, muitos dos nossos colegas já não vão mais para o campo, pois não podem abandonar o seu posto. A defesa sanitária do nosso Estado, por exemplo, está sendo feita por meio de relatório, no papel e, não in loco como deveria ser. Nosso órgão ficou obsoleto em relação à sociedade”, enfatizou o delegado de Rondonópolis, Flávio Soares de Moraes.

Para a servidora Daniella Soares de Almeida da Coordenadoria de Controle de Doença de Animais (CCDA) a falta de recurso financeiro é uma ameaça à economia do Estado, já que as ratificações de focos da raiva animal estão sendo mal executadas por fata de efetivo. “Não estamos conseguindo cumprir com o nosso dever de casa, estamos sobrevivendo à demanda é grande e o número de servidores é insuficiente para dar conta de todo o Estado. Mato Grosso que apresentou recentemente 12 focos de raiva animal e não temos servidores para atuar em todo o campo. Se não mudarmos essa situação caótica, logo seremos acionados pelo Ministério Público”, frisou.

Atualmente o Indea possui em seu lotacionograma o número de 532 servidores, insuficientemente incapaz para levar atendimento de qualidade à população (ideal seria 1.500), visto que a demanda do agronegócio do Estado é grande. As unidades, principalmente do interior de Mato Grosso, estão em decadência, com pouco – ou quase nenhum – recurso físico: frota de veículo insuficiente para atendimento em capo, estruturas ameaçadas por rachaduras, instalações elétricas irregulares, desabamento de forros internos, equipamentos tecnológicos de informática precários, suprimento de limpeza, móveis inadequados e até mesmo ausência de manutenção básica (água).

Além da falta de recurso físico os servidores lidam diariamente com a insuficiência de recursos humanos: número reduzido de profissionais para atendimento, falta de qualificação e capacitação de servidores, o que diminui a capacidade de prestação de serviço adequado aos produtores rurais, responsáveis pelo destaque econômico do Estado a nível nacional.

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