Uma reunião amanhã, em Brasília, deve decidir o futuro da greve do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), que em Sinop, Alta Floresta e Guarantã do Norte completa hoje 23 dias. Os funcionários da gerência de Sinop também se reúnem hoje, mas nenhuma decisão deve ser tomada antes da assembléia em Brasília. A paralisação, que é de nível nacional, atinge 31 municípios da região Norte.
Os funcionários do Ibama reivindicam que sejam cumpriddos compromissos assumidos pelo Governo Federal durante greves anteriores, o enquadramento dos aposentados e pensionistas na carreira de especialista em meio ambiente e a contratação de mais profissionais e servidores terceirizados.
Em Sinop outras reivindicações também são feitas como repasse em dia de verbas para serviços básicos. Há mais de 3 meses as gerências de Sinop, Alta Floresta e Guarantã do Norte estão sem telefones convencionais devido à falta de pagamento.
A paralisação do Ibama de Sinop já está atrasando a liberação de projetos de manejos florestais de algumas indústrias madeireiras. Apesar da aprovação destes projetos ser de responsabilidade da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) agora, vários dados das madeireiras ainda estavam sendo passados do Ibama para a Sema e esta transferência foi interrompida com o início da greve.
Sem essas informações técnicas como estoques, projetos já liberados – dentre outros- a Sema não tem como fazer a liberação das Guias Florestais (GF), deixando os madeireiros impossibilitados de cortar ou derrubar toras.