Os 420 servidores da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema/MT), em greve desde o dia 21 de junho, suspenderam a paralisação e voltam ao trabalho por 3 dias, mas caso não consigam acordo com o governo, cruzam os braços novamente na próxima quinta-feira (21). A decisão, tomada em assembleia, foi segundo o porta-voz do comando de greve da categoria, Murilo Covezzi, um voto de confiança ao governo que conseguiu uma liminar na Justiça declarando a greve ilegal e obrigando o retorno das atividades num intervalo de 72 horas, sob pena de multa diária de R$ 20 mil.
A categoria também já entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para tentar derrubar a liminar. Por enquanto, conforme Covezzi, o prazo de 72 horas está suspenso, pois sustentam no recurso, que o presidente do sindicato, José Benedito de Jesus, não foi notificado da decisão que teria sido publicada apenas em jornal. A decisão do desembargador Mariano Ribeiro Travassos favorável ao Estado foi com base na ação impetrada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE) ao argumentar prejuízos ambientais e financeiros em decorrência da greve.
Os servidores que atuamente recebem R$ 2,8 mil reivindicam salario inicial de R$ 6 mil e 11,3 no final da carreira, pois, segundo Covezzi, todos possuem ensino superior. Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente (Sintema) também cobra desde 2007 a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), pois alegam que a categoria não recebe reajuste desde 2001 e exige 34%, em 3 parcelas anuais.
As negociações serão conduzidas pelo secretário de Administração de Mato Grosso, Cesar Zilio. Enquanto isso, os sevidores voltam ao trabalho na sexta, segunta e terça-feira. "Na quarta dia 20 vamos reunir em nova assembleia e se o governo não atender nossas reivindicações, cruzamos os braços na quinta-feira", garante Murilo Covezzi.