Servidores da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema/MT) também decidiram manter a paralisação em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira. Por unanimidade, os grevistas votaram pela continuidade do movimento, declarado ilegal pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Segundo o porta-voz da comissão de greve, Murilo Covezzi, a categoria ainda não foi notificada da decisão e, portanto, não teve início o prazo de 72 horas, contido no despacho do desembargador Mariano Travassos, para o retorno às atividades.
No entanto, Covezzi está otimista quanto ao êxito da negociação e prevê o fim da greve já na próxima semana. Para isso, ele conta com o retorno do governador Silval Barbosa (PMDB), em viagem à Rússia. "Só ele tem autonomia de fato para atender nossas reivindicações".
Quando forem notificados, os servidores vão, em novo ato, avaliar se acatam a decisão ou se vão recorrer. O descumprimento da liminar acarreta multa diária de R$ 20 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sintema).
Em greve desde o dia 21 de junho, os 491 servidores da pasta reivindicam, desde 2007, a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). De acordo com nota, o Sintema alega que a categoria não recebe reajuste desde 2001. Para eles, o impasse pode ser resolvido com o governo incorporando a Verba Indenizatória (VI), instituída em 2009, e pagar a correção salarial da inflação de 2001 a 2004, no valor de 34%, em parcelas de 11% em 3 anos.
Outro lado – Procuradas, a Secretaria de Estado de Administração (SAD/MT), a Sema e a Procuradoria Geral do Estado (PGE) não se pronunciaram sobre a decisão da categoria.