Servidores da Secretaria do Estado de Meio Ambiente vão se reunir, nesta terça-feira de manhã, para decidir se voltam ao trabalho mesmo com o governo mantendo a proposta inicial de conceder reajuste de 53% para os agentes e 23% para técnicos, ainda este ano. Os percentuais foram reapresentados durante reunião, nesta segunda, pelo secretário de Administração, Cesar Zilio. Porém, a categoria alega que os valores não referem-se a aumentos reais, apenas a inclusão da verba indenizatória aos salários.
O representante do comando de greve, Murilo Covezzi, disse será apenas a mudança de nome, mas não terá nenhum reajuste salarial. Ele não descartou a possibilidade de encerramento da greve, mas disse que isso só ocorrerá se todos os servidores votarem a favor. “Não podemos descartar porque a decisão é da categoria. Mas a proposta só nos desistimulou”, disse.
Neste momento, servidores ainda tentam conseguir um avanço na proposta. Porém, o governo já informou que está no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal. Deputados estaduais também participam da reunião. Na semana passada, uma comissão se reuniu com o governador Silval Barbosa e pediu que o governo abrisse um canal de negociação com as categorias em greve.
Além da Sema, servidores do Detran e escrivães e investigadores da Polícia Judiciária Civil também estão paralisados.
O setor madeireiro aponta grandes prejuízos devido a greve na secretaria, pelo fato de não terem sido liberados planos de manejo para empresas extraírem toras das florestas, licenças ambientais e demais documentos. O Sindusmad calcula que serão necessários muitos meses de trabalho intenso para “recuperar” o tempo perdido neste período de paralisação.