
Todos são réus em uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) sob acusação de crime de peculato. A denúncia foi recebida no dia 23 de setembro. Eles são acusados ainda de enriquecimento ilícito devido ao desvio de dinheiro do IBGE e denunciados em outra ação civil pública que tramita na 1ª Vara Federal, sob responsabilidade do juiz Ilan Presser. Nela, são nove réus, pois também consta no polo passivo o nome de Pedro José de Arruda. A operação foi realizada em abril por meio de parceria entre a PF, a Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Federal (MPF).
Os agentes apreenderam R$ 156 mil e ainda 2 mil dólares em Rondonópolis, na casa de um dos alvos da operação. Estima-se que o prejuízo chegue aos R$ 2 milhões movimentados em 7 anos. De acordo com a PF, desse valor total, pelo menos R$ 1,3 foi movimentado entre 2010 e 2013. A operação foi deflagrada para cumprir 6 mandatos de prisão, 2 mandados de condução coercitiva, 15 mandados de busca e apreensão e decretado o sequestro de bens móveis e imóveis de servidores acusados de formação de quadrilha.
Conforme a Polícia Federal divulgou à época da operação, os servidores praticavam os desvios de dinheiro público por meio de fraude em prestações de contas desses recursos e através de saques irregulares, recibos inidôneos, ou seja, favorecidos que não prestam o serviço descrito ou mortos. As fraudes também envolviam dados de veículos incompatíveis com a base de dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), notas fiscais frias, montagens de prestações de contas de servidores diversos por uma mesma pessoa e falsificação de assinaturas dos servidores responsáveis pela concessão e aprovação dessas prestações.
Segundo a Polícia Federal, todo o esquema tinha anuência dos chefes das unidades do IBGE dos municípios alvos da operação, que autorizaram as compras dando razão à fraude. Os investigados foram indiciados pelos crimes de peculato, que é o desvio de dinheiro praticado por servidor público e associação criminosa. Na ação, que tramita na 5ª Vara Federal, os 8 são réus por peculato. Ainda não há decisão condenando ou absolvendo os réus.


