Os servidores administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiram, hoje, em assembleia geral da categoria, aprovar um indicativo de greve geral (data ainda não estabelecida) e um protesto contra o governo em exercício Michel Temer (PMDB). Para marcar o descontentamento com o atual governo, os trabalhadores realizarão uma paralisação de 24 horas na próxima terça-feira (16).
O objetivo é chamar a atenção da sociedade para a luta contra os projetos de leis em tramitação no Congresso Nacional que retiram direitos dos trabalhadores, como a PEC 241 e o PLP 257. Estes projetos, se aprovados, representam o fim da valorização do salário mínimo, congelamento da remuneração dos servidores públicos por 20 anos, cortes nos orçamentos de pastas importantes como a Educação e Segurança, além de uma nova reforma na previdência que dificulta o trabalhador chegar a aposentadoria.
“Os ataques que os trabalhadores estão sofrendo são os maiores da história. A retirada de direitos está acontecendo e o debate não está sendo feito como deveria, sem a cobertura da imprensa e o envolvimento da sociedade. A hora de lutar é agora. Estamos vendo um governo que coloca a essência do arrocho nas contas públicas, o Estado mínimo, o interesse dos bancos e cobradores de juros à frente das necessidades da população”, destacou a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico Administrativos da UFMT, Leia de Souza Oliveira.
O presidente da Associação dos Docentes da UFMT, Reginaldo Araújo, participou da assembleia. “Os professores já aprovaram a paralisação do dia 16. Teremos um ato conjunto entre técnicos, estudantes e professores. Quanto mais enfraquecermos o Governo Temer, melhor são as nossas chances de barrar todos estes ataques. Precisamos saber para onde realmente está indo o dinheiro, por isso defendemos uma auditoria da dívida pública”.
Na terça-feira, professores, estudantes e técnicos administrativos se reunirão no auditório do Sintuf-MT, às 14h30. Às 16h, eles devem partir em carreata até a Praça Ipiranga onde um ato conjunto com vários outros trabalhadores e Centrais Sindicais será realizado.