A Superintendência de Gestão Florestal da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), suspendeu projetos de manejo florestal (indispensáveis para madeireiras retirarem matéria prima) de 38 engenheiros florestais, enquanto ocorrerem as investigações da Operação Guilhotina, deflagrada na semana passada, quando foram presos empresários do setor madeireiro, engenheiros florestais, servidores públicos e empresários sob alegação de fraudes em planos de manejo, crimes ambientais, venda de documentos florestais e formação de quadrilha.
Eles foram suspensos do cadastro técnico estadual de prestadores de serviços e consultoria mbiental do órgão durante o decorrer das investigações. Na relação estão engenheiros de Sinop, Lucas do Rio Verde, entre outras cidades da região Norte. A portaria é assinada pelo secretário da Sema, Luiz Henrique Daldegan.
No final de semana, foram liberados os investigados que haviam sido presos desde a última terça-feira, quando iniciou a operação do Gaeco e promotoria do Meio Ambiente, executada pelas delegacias Fazendária e de Meio Ambiente da Polícia Civil de Mato Grosso. Quatro permanecem em Cuiabá.
A operação resultou na prisão de 40 pessoas, entre eles dois ex-chefes da Sema, Jakson Medeiros e Márcio Cavalcanti, que estão sendo investigados. Foram expedidos 75 mandados em 16 municípios mato-grossenses e um de São Paulo. Pelo esquema, projetos de manejo eram aprovados com intituito de esquentar madeira que estava no pátio e não de retirar madeira da floresta. As fraudes podem ter resultado na retirada de 83 mil metros cúbicos de madeira ilegal e movimentado cerca de R$ 58 milhões.
A Justiça Ambiental acatou pedido do Ministério Público e mandou 101 empresas madeireiras identificadas como participantes do esquema de fraude que resultou na retirada e comercialização ilegal de madeira.