A Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) marcou para 26 de novembro, nova audiência pública para apresentação do relatório de impacto ambiental- Rima- da Usina Hidrelétrica de Energia Sinop (UHE). No edital publicado no Diário Oficial do Estado, que circula hoje, o titular da pasta, Vicente Falcão de Arruda Filho, pondera que a apresentação será de responsabilidade da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal do governo federal ligada ao Ministério de Minas e Energia.
A audiência foi um dos pedidos feitos pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), antes da emissão da Licença Prévia (LP) da obra, que abrangerá territórios, além de Sinop, Sorriso, Itaúba, Cláudia e Ipiranga do Norte. A usina terá capacidade de gerar 400 megawatts de energia elétrica. Durante audiência em agosto do ano passado, a EPE expôs que a formação do lago implicará o alagamento de mais de 300 quilômetros quadrados, provocando a perda de aproximadamente 211 quilômetros quadrados de vegetação natural, dos quais 174 são florestas de terra firme.
Na ocasião, também foi mostrado que cerca de 339 imóveis rurais e respectivas área de preservação permanente deverão ter atingidas, total ou parcialmente, com a formação do reservatório. São 408 famílias residentes e cerca de 1.066 pessoas nesses locais. Entidades querem que sejam detalhadas medidas compensatórias devido aos impactos sociais e ambientais- que já foram cobrados à Sema em documento protocolado, no qual são apresentadas propostas que somam compensações superior a R$ 197 milhões em investimentos- como condicionantes a empresa que futuramente ganhar a concessão da obra.
As condicionantes foram feitas preveem investimentos em pelo menos dez áreas, como Saúde, Educação, Segurança, Infraestrutura, Ação Social, visando a demanda de pessoas que virão para a cidade, de todo o país, para trabalhar na obra. Visam também a demanda de pessoas que devem vir de várias localidades do país para trabalhar na construção, o que aumentará a demanda de atendimentos considerados essenciais na área pública. Não previsão de quando começa construção da UHE, investimentos e geração do número de empregos.