A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-MT) estará realizando neste primeiro semestre o Inventário Estadual de Resíduos Urbanos, de Serviços de Saúde e Industriais do Estado de Mato Grosso. Segundo a coordenadora de Gestão de Resíduos Sólidos (CGRS) – coordenadoria vinculada à Superintendência de Infraestrutura, Mineração e Serviços (SUIMS) -, Solange Fátima de Oliveira Cruz, através do inventário o órgão ambiental terá conhecimento da quantidade e a qualidade dos resíduos sólidos produzidos pelas Prefeituras, indústrias e serviços de saúde do Estado. “Com esses dados, a Sema poderá redefinir as diretrizes para a gestão de resíduos sólidos no Estado, produzindo vários instrumentos legais e técnicos para o setor”.
O inventário começou a ser realizado no último dia 23 de janeiro. Técnicos da Sema e do IEL elaboraram um formulário e, no momento, estão realizando uma coleta de dados em caráter experimental. Solange Cruz explicou que após essa fase inicial, de testes para adequação do formulário, a pesquisa de campo será feita em 141 municípios de Mato Grosso.
Os técnicos, devidamente qualificados e identificados, darão início a pesquisa de campo, com aplicação de questionários nos municípios, em 1000 indústrias de médio e grande portes, 120 hospitais e 141 prefeituras do estado de Mato Grosso.
O relatório final do trabalho será disponibilizado para acesso dos gestores municipais, gerentes e profissionais das áreas abordadas e a população em geral (estudantes, professores e pesquisadores), no site da Sema, www.sema.mt.gov.br.
Em 2000, a Sema realizou um esboço desse trabalho, voltado para os resíduos sólidos urbanos, numa área de abrangência muito menor. O trabalho, na época foi realizado por técnicos da Secretaria. O trabalho que será desenvolvido agora é inédito no Estado, em razão da sua abrangência.
“É importante destacar que as informações obtidas no inventário e que serão disponibilizadas num relatório servirão para redefinir as diretrizes do Programa de Gestão de Resíduos Sólidos, que já existe. A partir dessas informações teremos um panorama dos resíduos sólidos no estado e um diagnóstico das necessidades com relação ao manejo desses resíduos, em especial em relação ao tratamento, reciclagem e disposição final”, explicou Solange Cruz.
O Estado carece de indústrias de tratamento, como por exemplo, a destinação das embalagens plásticas de agrotóxicos que são encaminhados para outros estados porque Mato Grosso não possui outra alternativa para eliminação ou tratamento desses produtos. “Esse material poderia estar sendo aproveitado aqui mesmo no estado gerando recursos, o que hoje acaba não acontecendo”, disse ela.