A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), em parceria com a Superintendência de indicadores Ambientais, Coordenadoria de Monitoramento da Qualidade Ambiental e a gerência de laboratórios e ensaios divulga a avaliação da qualidade do ar em Mato Grosso. Os resultados correspondem ao período de todo o ano de 2009 e o primeiro trimestre de 2010.
Os tipos de monitoramento são por medição direta, com amostradores de material particulado, gases da atmosfera e sondas, fazendo uso de estimativas de emissões por meio de modelagem da atmosfera, que utiliza modelos matemáticos; por meio de medições indiretas, como o acompanhamento no aumento no número de pessoas com sintomas de doenças respiratórias decorrentes da poluição do ar realizados em Unidades Sentinelas, como as do Programa Vigiar do Ministério da Saúde.
A Sema realiza a medição direta da qualidade do ar utizando um Amostrador de Material Particulado em Suspensão; um Amostrador de Gases da Atmosfera; e duas Sondas para análise de monóxido de carbono e dióxido de carbono.
Para o gerente de laboratório e ensaio, Sérgio Batista de Figueiredo, é importante este monitoramento da qualidade do ar. "Monitorar a qualidade do ar é assegurar benefícios para o meio ambiente, à saúde e questões relacionadas a produção agrícola. O monitoramento é feito desde 2008 e de lá para cá podemos verificar uma melhora na qualidade do ar", enfatizou.
Sérgio acrescenta que as ações do Governo do Estado somadas às boas condições metereológicas têm contribuído para a boa qualidade do ar. "As ações do governo é de fundamental importância para a melhoria da qualidade do ar, no entanto, o clima contribuiu para o resultado final. Para este ano, a previsão é que seja mais quente. Vamos ficar em alerta para verificarmos as mudanças máticas, bem como, a baixa umidade do ar", concluiu.
As queimadas é o principal fator da poluição do ar. Por meio dela é liberado o monóxido de carbono(CO2), que é um gás incolor e inodoro tóxico. O principal efeito do CO2 é na saúde dos animais e do homem: o CO2 reage com a hemoglobina das hemácias reduzindo a capacidade de transportar oxigênio às células e tecidos do corpo, causando vários transtornos e até a morte do indivíduo.
A qualidade do ar em todo o Estado de Mato Grosso é acompanhada utilizando-se um sistema de modelagem atmosférica disponibilizado pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC)/Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São levantadas diariamente as concentrações de material particulado 2,5 µm e monóxido de carbono em 15 cidades do estado, geralmente as cidades-pólo de cada região.
Também são elencadas nos boletins diários todas as cidades que possuem regiões dentro dos limites políticos municipais onde a qualidade do ar atinge valores acima de 100 µg/m3 (qualidade inadequada). Nos últimos levantamentos, algumas cidades estiveram resultados da qualidade do ar inadequados. No mês de março de 2010 os índices inadequados foram registrados nas cidades de Diamantino, Sorriso, Sinop e Campo Novo dos Parecis. Em abril de 2010 as ocorrências foram nas cidades de Juína, Sorriso, Juara e Sinop.