Quatro equipes da Secretaria do Estado de Meio Ambiente iniciam, semana que vem, o trabalho de fiscalização em pontos de desmatamento apontados pelo sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) na regional de Alta Floresta. Segundo a supervisora Karen Gomes Rebeschini, os trabalhos contarão com apoio de um helicóptero, para chegar nos áreas de difícil acesso, e, caso seja constatada a ilegalidade, o proprietário será notificado para se regularizar.
O levantamento será feito em todo o Estado, em 63 municípios, por 45 equipes da Sema. Por meio das vistorias, o órgão pretende checar os números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que colocou o Estado na lista de maiores desmatadores. A estimativa inicial é que 80% dos focos sejam irreais, ou de áreas já desmatadas há vários anos, e não de abertura de novas.
Além de Alta Floresta, que ocupou a 24ª posição no ranking de maiores devastadores da Amazônia, Aripuanã, Brasnorte, Colniza, Confresa, Cotriguaçu, Gaúcha do Norte, Juara, Juína, Marcelândia, Nova Bandeirantes, Nova Maringá, Nova Ubiratã, Paranaíta, Peixoto de Azevedo, Porto dos Gaúchos, Querência, São Félix do Araguaia e Vila Rica, estão na lista.
Os números geraram muita polêmica em todo o Estado, já que o Governo Federal publicou um decreto proibindo novos desmates nesses municípios. Entidades do setor produtivo já anunciaram que vão entrar com ação judicial contra a medida. A discussão foi levada no Congresso e Senado, que também devem se posicionar.