Uma câmara técnica formada por representantes de entidades públicas, da sociedade organizada e do setor produtivo foi instituída para aperfeiçoar o sistema eletrônico que controla a comercialização e transporte de madeira em Mato Grosso. Esta é uma das medidas adotadas pela secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), como parte do acordo feito com representantes do setor madeireiro para dar celeridade ao atendimento aos empreendedores e buscar a regularização das empresas que atuam neste ramo.
Em reunião realizada na última terça-feira (08/08) com os presidentes de sindicatos madeireiros de 42 municípios de Mato Grosso na sede da Federação das Indústrias, os representantes do setor elogiaram o sistema implantado pela Sema e apresentaram sugestões para que os empresários que ainda não estão regularizados sejam cadastrados e trabalhem dentro da legalidade. Haverá uma campanha de conscientização pró-regularização idealizada pela Fiemt junto aos seus filiados.
É através do Cadastro de Consumidores de produtos Florestais (CC-Sema) que a secretaria mantém um rigoroso sistema de vigilância eletrônica sobre a comercialização de madeira no Estado. Por meio do sistema a Sema acompanha todo o processo de produção, desde a retirada da madeira na floresta até o seu destino final com a matéria prima já beneficiada.
Desde quando a Sema assumiu a Gestão Florestal em Mato Grosso, em 3 de janeiro deste ano, todas as empresas que utilizam produtos florestais precisam fazer o cadastro no CC-Sema. Desde padarias e pizzarias até empresas que fazem o beneficiamento da madeira.
Segundo o secretário em exercício de Meio Ambiente, Luis Henrique Daldegan, o sistema inédito implantado em Mato Grosso está sendo copiado por outros Estados, como Pará e Rondônia. “O sistema é seguro e inovador. Hoje a Sema exporta tecnologia. Tudo isso graças ao trabalho dos nossos técnicos” diz o secretário.
A primeira reunião da câmara técnica, cujo objetivo é acompanhar tecnicamente o aperfeiçoamento do CC-Sema, foi realizada na última quinta-feira (10/08). O secretário diz que os técnicos vão propor projetos de pesquisas e fazer uma avaliação mais detalhada sobre os dados e estatisticas geradas pelo sistema.
Fazem parte da câmara técnica representantes da Fiemt, Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), UFMT, Unemat, Secretaria de Industria, comércio e Mineração (Sicm), Associação dos Engenheiros Florestais (Amef) e Associação das Empresas Reflorestadoras (Arefloresta).
Uma das propostas da câmara é mudar o fator de conversão da madeira para o beneficiamento de 1.65 m³ para 2.3. Isso significa, segundo Luis Hnerique Daldegan, um melhor aproveitamento da madeira na hora do beneficiamento evitando o desperdício.