Equipes de Fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) fizeram duas apreensões de pescado irregular e redes de pesca na região de Barão de Melgaço (120 km de Cuiabá).
Ontem, foi encontrado um total de aproximadamente 130 kg de pescado de espécies nobres como, pacu, cachara e pintado. Também foram encontradas redes de pesca no local. Os peixes serão doados para a Instituição Seara Espírita de Luz, no bairro Boa Esperança, em Cuiabá.
O coordenador de Fiscalização de Fauna da Sema, Júlio Reiners, explicou que a irregularidade aconteceu pela pesca predatória com rede, falta de medida dos peixes permitida por lei. “Estamos em período da lufada, momento em que os peixes sobem o rio, e por isso estão mais vulneráveis para captura”, explicou, por meio da assessoria.
A outra apreensão ocorreu na quarta-feira, em patrulhamento terrestre, onde foram capturados 73,8 kg de peixes das espécies: Cachara, Pintado, Pacu e Barbado. O pescado foi doado para a Associação Beneficente Voz da Verdade, localizada no bairro CPA II, na capital.
A lufada é um fenômeno que acontece quando os peixes formam cardumes e começam a retornar para subir os leitos dos rios. Os que não conseguem, servem de alimento farto para aves e jacarés. Os que conseguem sair, estão gordos do vasto banquete que tiveram nos campos inundados durante a estação das águas.
Embora esteja fora do período de defeso da piracema estadual, os pescadores profissionais e amadores precisam seguir algumas regras determinadas pela lei estadual que estabelece a proibição para uso de apetrechos de pesca como: tarrafa, rede, espinhel, cercado, covo, pari, fisga, gancho, garateia pelo processo de lambada, substâncias explosivas ou tóxicas, equipamento sonoro, elétrico ou luminoso.
As medidas mínimas dos peixes constam na carteira de pesca do Estado e algumas delas são: piraputanga (30 cm), curimbatá e piavuçu (38 cm), pacu (45 cm), barbado (60 cm), cachara (80 cm), pintado (85 cm) e jaú (95 cm).