A diretoria do Sindicato dos Servidores do Detran de Mato Grosso (Sinetran) decidiu manter a greve iniciada, ontem, em todo o Estado. Hoje, a categoria participou de uma reunião com os secretários da Casa Civil e Administração, Pedro Nadaf e Francisco Faiad, respectivamente e, também, com o presidente do Detran, Gian Castrillon, no entanto, alega que não houve avanços nas negociações.
"A importância do Detran é apenas arrecadar para o governo? Porque não está cumprindo seu papel junto a população. Somos um dos Estados mais violentos do país, estamos em busca de um Detran melhor estruturado para atender a população. O Estado tem as maiores taxas e o sistema não funciona, a população não tem o atendimento que merece e ainda estão querendo terceirizar mais setores o que sai um custo maior para o usuário sendo que os servidores podem perfeitamente fazer o trabalho de vistoria", afirmou a presidente do sindicato, Veneranda Acosta.
Os servidores cobram melhores condições de trabalho e uma melhor funcionalidade do programa DetranNet que constantemente apresenta problemas e está fora do ar, causando revolta dos usuários e também dos servidores. Também estão na pauta a reestruturação organizacional da autarquia com a redução de cargos comissionados e a destinação de 50% destes postos para serem exercidos por servidores efetivos, o que gerará uma economia de aproximadamente R$ 3 milhões anuais; devolução de servidores cedidos para o Detran por prefeituras e outras secretarias que estão ocupando vagas de candidatos classificados; outro concurso público para profissionais não contemplados no último concurso; revogação da lei complementar que terceiriza o setor de vistoria veicular/ambiental; e publicação de uma lei complementar que defina recursos mensais para o Detran poder funcionar.
Quanto a cobrança da da revogação da lei complementar que terceiriza o setor de vistoria veicular/ambiental, a categoria aponta que o governo não quer discutir e que este serviço pode ser feito junto com a veicular pelos servidores. "Eles não querem abrir mão de um item que vai onerar as taxas ainda mais para os usuários, um absurdo", reforçou.
"Não saímos dessa reunião com nenhuma definição. Eles dizem que vão analisar nossa pauta de reivindicações só que estão com ela desde o dia 8 de outubro e até agora não tivemos uma proposta condizente para sanar os problemas de sucateamento que a entidade enfrenta em todo o estado", disse.
Não foi agendada nova reunião entre as partes.