sábado, 27/julho/2024
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Sede do Incra em Cuiabá é ocupada pelo MST

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Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), de quatro municípios, ocupam desde a manhã de segunda-feira (26) a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Cuiabá. Cerca de 200 pessoas reivindicam a aprovação de três processos que autorizam o assentamento de terras no interior do Estado. Segundo eles, os processos já tramitam há mais de cinco anos no Incra sem nenhuma conclusão.

Com barracas e camas espalhadas por todo o prédio, integrantes garantem que a ocupação não tem previsão para acabar. Além do acampamento em Cuiabá, integrantes também bloquearam a BR- 364, em Sinop. Membro da Coordenação Estadual do MST, José Vieira, conta que esta não é a primeira vez que o Incra, em Cuiabá, é ocupado.

Segundo ele, assim como outras mobilizações, esta é motivada pela falta de negociações com o órgão federal. "Tivemos uma audiência em maio lá em Brasília sobre esses três processos. Realizamos assembleias, debates, mas nada tem adiantado até agora. Falta força política e vontade do Incra em coordenar a reforma agrária aqui em Mato Grosso".

Os processos à espera de um decreto estão relacionados às fazendas Jatobá, em Juscimeira (157 km ao sul de Cuiabá), São Vicente, em Jaciara (144 km ao sul da Capital) e Santa Cecília, em Nova Olímpia (207 km ao médio-norte).

De acordo com Vieira, as três propriedades já foram vistoriadas pelo Incra e tiveram sua improdutividade constatadas. "A lei determina que qualquer terra improdutiva tenha que ser vistoriada pelo Incra. Este é o trabalho do Incra, mas que não é feito. Eles só vão até a fazenda depois que nós ocupamos o prédio deles. É por saber disso que estamos aqui ocupando de novo".

Vieira explica que no início de agosto, o MST foi informado de que os 3 processos iriam ser decretados em agosto. Pelo fato do mês já estar no final, eles decidiram pela ocupação como forma de pressionar o Incra para o cumprimento do acordo. Depois dos decretos, eles precisam da assinatura da presidente Dilma Rousseff para serem executados. "Se esses processos não forem decretados até setembro, os assentamentos não sairão este ano. E no ano que vem temos Copa do Mundo e eleições, ou seja, a reforma agrária, mais uma vez, será só uma promessa".

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