O secretário de Saúde, Vânio Jordani, declarou, há pouco, sobre a morte de um bebê ocorrida, ontem, pela manhã, durante o parto realizado pela equipe do hospital municipal. Ele afirmou que não houve negligência por parte da equipe, que iniciou recentemente o atendimento a gestantes. Conforme a equipe, a mulher, de 24 anos, estava com 9 meses de gestação, fez 10 consultas pré-natal e queria parto normal.
Segundo Jordani, o ocorrido gerou grande comoção entre os profissionais. “Um dia bastante difícil, tanto para a maternidade, quanto para a secretaria de Saúde e a gestão. A gente está bastante comovido com essa situação, com a dor da família. As informações preliminares que nós temos é que uma gestante que chegou a termo (dentro do período considerado completo e maduro da gestação), com dilatação em torno de 5 centímetros, com o neném coroando e tinha o desejo do parto normal, sendo encaminhada a sala de parto humanizado.”
“O parto não evoluiu, a criança não nasceu, o doutor que estava lá optou por usar o fórceps na tentativa do neném nascer, também não conseguiu. Foi encaminhado ao centro cirúrgico e feito a cesárea, naquele momento foram identificados duas circulares de cordão, um no pescoço e outro na perna. O neném já nasceu sem sinais vitais, passou a ser reanimado, com suporte intensivo, com ventilação mecânica, droga vasoativa, enfim, recebendo todo o suporte.”
Vânio Jordani explicou que o recém-nascido foi regulado e transferido ao hospital regional, já no final da tarde. “Infelizmente, quando ele chegou no hospital regional, não passou bem e infelizmente faleceu. Era um neném a termo, uma gestante hígida (não possui doenças preexistentes que a classificam como de alto risco). O neném com apresentação cefálica, uma bacia ginecóide (a mãe gestante possui pelve com estrutura óssea arredondada e larga, ideal para o parto). Enfim, tinha todas as características de ser um parto tranquilo.”
O recém-nascido apresentava sinais vitais no momento da transferência ao hospital regional. “Respiração mecânica, droga vasoativa, recebendo todo o suporte. Quando chegou lá, o transporte a gente sabe que desestabiliza, não passou bem e faleceu. Ela tinha o desejo do parto normal, até pela fisiologia do parto, com duração em torno de 3 ou 4 horas, assim, no máximo.”
O secretário também acrescentou que a mãe havia feito o acompanhamento do pré-natal, e estava com todos os exames necessários em dia. “É difícil de a gente saber o que acontece dentro do útero, e às vezes essas complicações – que a gente não espera que aconteçam nunca – podem infelizmente acontecer. Pelo que acompanhei até agora, tanto do protocolo quanto do fluxo, a gente não identificou nada de anormal (no atendimento da equipe). Logicamente, a Comissão de Verificação de Óbitos do Hospital deve investigar isso com bastante calma e se por ventura houve algum erro, alguma incoerência, tem que ser corrigido”, concluiu.
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