
Um dos principais objetivos é mostrar ao governo federal a necessidade de investimentos na área. A agenda conjunta conta com quatro pontos prioritários, como uma melhor participação dos Estados na utilização dos recursos do Fundo Penitenciário Nacional, visando inclusive modificar sua natureza jurídica instituindo a transferência compulsória fundo a fundo.
“Será solicitado ao governo federal a cessão de recursos do Fundo Penitenciário Nacional, que conta com valores não liberados, para construir novas unidades, adquirir materiais de segurança e viaturas”, destacou Dorilêo.
Os bons resultados obtidos com a implantação da Audiência de Custódia em alguns estados, entre eles Mato Grosso e São Paulo, serviu de exemplo para a adesão futura de outros entes federativos. Outro ponto abordado foi a utilização da tornozeleira eletrônica como alternativa penal para minimizar o agravamento da superlotação dos estabelecimentos penais. “Construiremos um diálogo durante os próximos encontros para verificar qual o tratamento jurídico que será dispensado a essas pessoas, para que se consiga instituir prazos de utilização desta ferramenta”.
O Conselho avaliou ainda que os editais de financiamento do Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça (Depen) devem ser melhor adequados às necessidades dos Estados. Uma audiência com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Ricardo Lewandowski, será solicitada para que se possa discutir a alternativa.
Durante a reunião ainda foi discutida a segurança e serviços nos âmbitos das unidades prisionais, sendo avaliadas experiências de terceirização da gestão penitenciária por meio de práticas de cogestão e terceirização mista, analisando suas vantagens e desafios.


