O titular da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa), Maurício Guimarães, admitiu erros em diversas obras da capital e Várzea Grande e ainda confirmou que o projeto do viaduto Jamil Boutros Nadaf (viaduto da Sefaz) foi idealizado incorretamente. “A informação é de que ele (projetista) fez os cálculos para um viaduto que fosse rígido, e como o viaduto é em círculo, teria que ser (utilizada) outra metodologia. Por isso tinha menos aço”, afirmou o gestor durante entrevista à Rádio CBN Cuiabá, ontem.
Ainda sobre a estrutura da Sefaz, Guimarães garantiu que não será necessária demolição e, sim, um reforço. “A obra já está sendo iniciada. É um reforço para garantir o futuro do viaduto e para isso foi preciso interromper o tráfego. Vai ser feito outro tipo de reforço, para se ter a garantia 100% da obra”, complementou ao destacar o uso de fibra de carbono nos próximos reparos da construção.
Com 278 metros de extensão, a obra do viaduto da Sefaz compreende o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Inaugurado em fevereiro deste ano, o empreendimento precisou ser interditado no dia 6 de agosto, após o próprio Consórcio VLT (CR Almeida, Santa Bárbara, CAF Brasil, Magna Engenharia e Astep Engenharia) constatar fissuras na parte interna da obra. Nesta semana, laudo da Secopa entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) mostrava a utilização de menos 41% de materiais como concreto e aço. Engenheiros do TCE analisaram os documentos e afirmaram que a estrutura só não corre risco de queda, pois não está sendo utilizada.
Questionado sobre a contratação da Planservi-Sondotécnica, Guimarães afirmou que há atraso no pagamento para as empresas, mas reforçou que o consórcio tem cumprido com o papel de fiscalizar todos os empreendimentos do VLT. “Ela fiscaliza e acompanha as obras do VLT. A execução do viaduto da Sefaz foi fiscalizada. O que aconteceu foi uma questão de projeto. Estamos questionando se na época não foi verificado este projeto”.
Em relação às demais obras, Guimarães destacou que a Secopa tem solucionado os problemas. “Tivemos vários problemas, mas o que é diferente hoje é a exposição. Estamos enfrentando os problemas e não jogando embaixo do tapete. Quando há o problema, é atacado e resolvido”. Em relação ao VLT, o secretario reforçou que a Trincheira Luiz Felipe e o Viaduto Beira Rio terão as obras conclusas somente em 2015. Ele ressaltou que este ano, obras que poderão ser impactadas devido à chuva.