A Secretaria de Estado de Cidades (Secid) expediu notificações de intenção de rescisão contratual a empresas que não apresentaram a garantia de contrato de quatro obras lançadas para Copa do Mundo 2014. Os contratos em risco são os de reforma do Aeroporto Marechal Rondon, o de construção dos dois Centros Oficiais de Treinamento (COTs) da Universidade Federal de Mato Grosso e do Pari, em Várzea Grande, e o de revitalização Córrego 8 de Abril.
De acordo com o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, as empresas foram comunicadas e têm cinco dias para se manifestar, caso isso não ocorra o contrato será rescindido. Segundo ele, caso o rompimento aconteça, dificilmente essas obras serão retomadas ainda esse ano em razão dos prazos para realização dos trâmites.
O secretário explica que há seis meses estão negociando para tentar conseguir a garantia com essas empresas que é necessária inclusive para o caso da obra, uma vez finalizada, ser entregue com “patologias” e precisar passar por reforma. O prazo para depósito da garantia contratual terminou dia 27 de julho. Mas as empresas pediram a princípio uma semana a mais, que venceu dia 31 de julho. Não dando conta de cumprir o combinado, reiterou o pedido, solicitando mais 15 dias e a Secid não aceitou e concedeu apenas sete dias que venceram sem que as empresas apresentassem a garantia.
Chiletto lembrou ainda que caso o contrato do Aeroporto seja rompido irá atrasar os planos do governo em tornar realmente o terminal internacional. “Temos esse plano que envolve uma melhora na questão econômica e turística do Estado que será atrasada”. A obra de reforma e ampliação do Aeroporto Marechal Rondon está paralisada desde a Copa do Mundo, em junho do ano passado.
O COT Barra do Pari, em Várzea Grande, que custou R$ 31 milhões foi iniciado em outubro de 2012, o local teve diversos problemas, como falta de repasse financeiro, greve de funcionários e mudanças de projeto que atrapalharam o andamento das obras. Com as obras mais adiantadas e contratada por R$ 19 milhões, o COT da Universidade Federal de Mato Grosso chegou a receber seleções no período do Mundial que não usaram os vestiários ainda em obras. A obra começou em dezembro de 2012 e deveria ter ficado pronta em outubro de 2013.A revitalização e recuperação do córrego 8 abril era prevista para a Copa e seguem paradas. O projeto, orçado inicialmente R$ 7 milhões, previa o melhoramento da mobilidade urbana no entorno da Arena.