Um concurso público custa um montante considerável de recursos aos cofres públicos. O valor não é divulgado, segundo a Secretaria de Estado de Administração (SAD) para não atrapalhar o processo licitatório. Ainda assim, o governo do Estado não utiliza todos os participantes vencedores em tempo hábil e acaba por gastar mais para realizar concursos novos.
Este é o caso do último concurso da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), realizado em 2006, em que 400 pessoas foram classificadas (inclusive funcionários efetivos do órgão) e 211 pessoas foram nomeadas.
Desse número, só 167 foram empossados. O restante ficou no aguardo de um chamado, que nunca veio. O prazo desse concurso era de 1 ano prorrogável por mais 1. Com o vencimento em 24 de fevereiro deste ano e, com necessidade urgente de funcionários, o órgão acabou por gastar mais recursos para fazer um processo seletivo, no último mês, para contratar 97 técnicos ambientais de nível superior.
Essa medida, conforme o coordenador de Gestão de Pessoas da Sema, Luiz Barreto, é legal porque é uma urgência temporária, enquanto não acontece novo concurso. Na verdade o órgão precisa de aproximadamente mais 380 funcionários efetivos.
Por isso já corre na SAD um processo de abertura de concurso que deve ser realizado no segundo semestre de 2009. Ele avisa que os temporários, que têm prazo de um ano para trabalhar desse modo na Sema, podendo o contrato ser prorrogável por mais 12 meses, também poderão prestar o concurso e se efetivarem. E os funcionários efetivos que prestaram o último concurso e que acabaram por não ser chamados, porque a classificação não foi boa, podem atingir o nível superior tentando novamente.
Outro lado – A assessoria de imprensa da Sema disse que impediu chamar o restante dos classificados no último concurso foi o fato de existirem prazos longos para a tomada de posse e de exercício efetivo, além de algumas desistências. Agora, garante que o governo encurtou o prazo de posse e exercício para, no máximo, um mês e meio.