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Sargento da PM assassinado em assentamento é sepultado no Nortão

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O corpo do sargento aposentado da Polícia Militar, Geraldo Luiz Zampirollo, foi sepultado no cemitério de Vera (82 quilômetros de Sinop), esta tarde. A funerária Sauer informou, ao Só Notícias, que o velório foi rápido e houve homenagens por parte de policiais militares de Sinop. Zampirollo foi assassinado a tiros em uma fazenda, nas proximidade do Assentamento Zumbi dos Palmares, a cerca de 50 quilômetros de Cláudia. O crime ocorreu no dia 13 de outubro.

A residência em que ele estava foi incendiada e o corpo do policial ficou carbonizado. Devido a isso, passou por reconhecimento através de exames de DNA no Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá. Por conta deste procedimento, a liberação do corpo para os procedimentos fúnebres ocorreu apenas na última sexta-feira.

Conforme Só Notícias já informou, Jessé da Silva estava na mesma residência e também foi assassinado a tiros. Porém, o corpo não foi atingido pelas chamas. Um adolescente de 14 anos [filho de Jessé] foi baleado, mas conseguiu fugir e ser socorrido por populares.

O delegado de Cláudia, Joacir Batista dos Reis, confirmou anteriormente, ao Só Notícias, que a motivação do duplo homicídio e da tentativa ocorreu devido a disputa de terras na região. Quatro suspeitos de envolvimento nas mortes foram presos e posteriormente um deles foi liberado. Todos os acusados foram localizados na mesma região onde ocorreram os crimes. “Os autores confessaram a prática do delito e deram a motivação como disputa por terras. O desentendimento sobre quem ficaria com essa terra gerou toda essa briga. Eles [acusados] teriam ido até a casa, atrás de outras pessoas. As vítimas desejadas não teriam sido encontradas. Eles foram lá com o intuito de encontrar outras pessoas ligadas ao Jessé da Silva, que faria parte do mesmo grupo”.

Segundo o delegado, os acusados teriam recebido uma quantia em dinheiro como forma de pagamento para o cometimento do crime. “Os criminosos se identificaram como policiais e pediram que as vítimas saíssem da casa. O primeiro a sair foi o sargento e foi baleado. Isso motivou uma troca de tiros entre suspeitos e vítimas. Na sequência, os assassinos atearam fogo na casa, fazendo com que as pessoas que estava nela saíssem. Conseguimos identificar dois dos autores que teriam participação direta na prática do homicídio. Outro teria conduzindo os envolvido até o local do crime. Além disso, uma quarta pessoa teria guardado as armas após o cometimento do delito. Eles disseram que participaram deste crime mediante a promessa de pagamento. Inclusive um valor em dinheiro foi apreendido [valor não revelado]. Este valor teria sido ofertado pela participação do crime”.

Joacir Reis explicou que Jessé teria uma dívida com o sargento Zampirollo e ele receberia uma área de terra como forma de pagamento. “O Jessé teria uma dívida com o sargento. Como forma de pagamento, Jessé pretendia dar ao o sargento parte de uma área próximo ao rio Azul, no município de Cláudia. O militar estaria neste local para visitar esta área e receber esta dívida”.

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