
O estudioso de relíquias católicas, José Lira, foi quem teve a ideia do projeto. Ele, então, entrou em contato com a Igreja expressando a vontade de reconstruir a imagem do rosto de Madalena. Com o aval católico, Lira indicou para o trabalho o designer sinopense e também o especialista em reconstrução facial forense formado em odontologia legal pela Universidade de São Paulo (USP), Paulo Miamoto, ambos já conhecidos da Igreja pela revelação facial de Santo Antônio. Cícero ficou responsável pela parte digital do projeto, enquanto Miamoto fez a análise do crânio.
O trabalho de reconstrução foi desenvolvido a partir da digitalização de, aproximadamente, 30 imagens do crânio, conseguidas com a basílica (La Sainte Baume) onde os restos mortais da santa estão depositados. Depois de um criterioso trabalho que durou meses, o rosto foi finalmente reconstruído.
A apresentação no Brasil será promovida pelo Instituto de Pesquisa Histórica e Arqueológica do Rio de Janeiro (IPHARJ), e organizada pelo arqueólogo Cláudio Prado de Melo. Na França, o rosto de Madalena será apresentado durante uma conferência católica.
Conforme Só Notícias já informou, de acordo com a história cristã, Maria Madalena foi a primeira a visitar o sepulcro de Jesus, perceber que seu corpo não estava lá e reconhecer o Cristo ressuscitado. Após a crucificação de Jesus, Maria teria chegado à França em um pequeno barco, em companhia de São Máximo, Santa Maria Jacobé e Santa Maria Salomé.
Ela é frequentemente associada à prostituta que Jesus salvou de um apedrejamento. No ano 591, o papa Gregório Magno proferiu um discurso onde juntava duas personagens diferentes citadas no Evangelho de Lucas. Ele afirma que uma mulher vista como pecadora (uma prostituta) e Maria Madalena eram a mesma pessoa.
Entretanto, em 1969, a Igreja voltou atrás e Maria Madalena passou a ser considerada santa.


