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Rosário do Oeste declara situação de emergência por causa da dengue

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O prefeito de Rosário Oeste (128 km ao Norte de Cuiabá), Joemil José Balduino de Araújo, pediu que o governo do Estado decrete situação de emergência no município, em razão de um surto de dengue.Entre os meses de dezembro de 2008 e janeiro deste ano foram 226 casos notificados da doença. Destes, 19 foram confirmados como dengue clássica e 3 como o tipo mais grave, a hemorrágica, que pode matar, sendo que outros 3 casos deste tipo estão sendo analisados. As 3 pessoas, que são uma criança, uma senhora de 84 anos e uma jovem de 18 anos, estão curadas, mas continuam em observação.

Rosário Oeste tem cerca de 18 mil habitantes. Segundo a coordenadora de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Maria da Penha de Jesus, os registros estão disseminados pelos 9 bairros da cidade, situação que preocupa ainda mais, porque não se trata de casos isolados.

No pedido de emergência, o prefeito solicita ajuda ao governo estadual para que forneça o fumacê, que atua diretamente no combate ao mosquito. A coordenadora justifica que desde o começo do ano, quando Araújo assumiu a prefeitura, ações de prevenção à doença estão sendo feitas. Intensificação dos mutirões nos bairros e trabalho de conscientização são algumas das medidas, que devem estar atreladas à atitude dos moradores para não deixar água parada. No entanto, aponta Maria da Penha, o mesmo trabalho não foi feito com satisfação durante o ano passado. Por causa disso, as notificações da doença aumentam a cada dia. “Agora com o período da chuva, a tendência é só aumentar. Não podemos esperar uma pessoa morrer para tomar alguma atitude”.

Para evitar que o quadro fique ainda mais crítico, foi feito exame de sorologia nos bairros, para detectar qual tipo de vírus está circulando no município. O resultado deve sair em 20 dias e vai possibilitar o isolamento, se necessário.

Em 2005 e 2006, Rosário Oeste teve o seu primeiro surto, com 218 notificações da dengue clássica, número já ultrapassado desta vez. Por causa disso, a preocupação é quanto ao risco de reincidência da doença em pessoas que tiveram dengue no passado. “Quando a pessoa pega dengue pela segunda vez, corre o risco de ter a hemorrágica”.

Para a coordenadora, a população se acomodou diante do quadro de tranquilidade vivido em 2007, quando não houve um número alto de registros de dengue no município. Esta situação, em sua avaliação, fez com que as ações de prevenção diminuíssem em 2008.

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