Os trabalhadores do transporte coletivo de Rondonópolis decidiram não entrar em greve e manter as negociações com os patrões, visando uma nova proposta de reajuste salarial, principalmente em relação à gratificação fixa de função dos motoristas e ao programa de alimentação, relativo à cesta básica. A decisão da categoria saiu da assembleia realizada ontem quando foi apresentada a proposta de reajuste salarial ofertada pelos patrões e discutida a pauta de reivindicação dos trabalhadores.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Terrestres de Rondonópolis e Região (STTRR), Luiz Gonçalves da Costa, os patrões fizeram uma proposta de 6% de reajuste salarial aos funcionários, R$ 30 de gratificação fixa de função aos motoristas e, conforme estava previsto na convenção em vigor, a manutenção de 1,3% como comissão de gratificação de função aos motoristas, calculada sobre o valor do preço da tarifa e o número de passageiros pagantes transportados por cada um deles.
Por outro lado, os trabalhadores pedem um reajuste salarial de 15%, além de gratificação fixa de função aos motoristas no valor de R$ 100 e comissão de gratificação fixa de função de 2%. “O motorista dirige e cobra ao mesmo tempo, por isso tem de ser gratificado e remunerado”, explicou, destacando que o índice de reajuste proposto até que é aceitável, pois está acima do INPC do período. No entanto, ele enfatiza a necessidade de melhorias nas propostas referentes à gratificação fixa de função e aumento da quantia de itens da cesta básica.
Diante da decisão de ontem, Luiz Gonçalves adiantou que o STTRR vai procurar os representantes da empresa que faz o transporte coletivo em Rondonópolis – Cidade de Pedra –, assim como demais empresas que realizam o transporte de trabalhadores para grandes empresas existentes na região sul de Mato Grosso, pois se trata se uma convenção coletiva regional do segmento.
A empresa Cidade de Pedra, segundo o STTRR, conta com 185 funcionários, sendo cerca de 130 motoristas. Faz cerca de quatro anos que não há aumento no preço da tarifa do transporte coletivo em Rondonópolis. De antemão, Luiz Gonçalves acredita que a proposta da empresa Cidade de Pedra não estaria vinculada a um aumento no preço da tarifa. No geral, a convenção coletiva beneficiaria em torno de 320 trabalhadores do setor na região.