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Rondonópolis: deficiências em aeroporto aumentam

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Inaugurado em 2000 com discurso de obra de porte “internacional”, o Aeroporto Municipal Maestro Marinho Franco mostra hoje a sua real dimensão. Defasado, com infraestrutura precária, problemas de gestão, inseguro e insuficiente para atender a demanda da grande parcela da população, o aeroporto local está muito aquém do porte de Rondonópolis. Trata-se de uma obra feita de forma improvisada, em que vêm sendo feitas melhorias paliativas. Mesmo com a reforma e ampliação em andamento, grande parte das deficiências técnicas do aeroporto não será sanada.
Os problemas começaram desde a mudança do antigo endereço, na saída para Cuiabá, para o atual endereço, na saída para Campo Grande (MS), às margens da BR-163, acerca de 15 quilômetros do perímetro urbano. A mudança de endereço foi feita às pressas na época, sem que houvesse tempo para fazer as adequações necessárias. Desde o começo da atuação no novo endereço, pilotos estão acostumados a usar o aeroporto com uma série de improvisos e com limitações. Antigamente, administração, operação e manutenção do local competiam à Associação Aeroportuária de Rondonópolis. Desde 2003, esta tarefa compete à Prefeitura de Rondonópolis.

Na verdade, o aeroporto local tem a sua utilidade hoje voltada basicamente para proprietários de aviões particulares ou pessoas com condições de se sujeitar aos valores do fretamento de viagens. A única empresa aérea de transporte de passageiros que atua na cidade com voos regulares é a Trip, ainda assim com limitações. Nesse mês de outubro de 2009, por exemplo, a empresa teve de deixar de atuar com uma aeronave para 68 passageiros e passar a atuar com uma para 39 passageiros devido a deficiência do aeroporto. Para receber aeronaves maiores, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) exige caminhão contra incêndio especial e bombeiros por 24 horas no aeroporto – o que não foi viabilizado.
Uma das grandes lamentações dos rondonopolitanos é não receber voos de jatos de grandes companhias na cidade, com preços mais acessíveis.

A alternativa é recorrer ao Aeroporto Marechal Rondon, na região metropolitana de Cuiabá. Conforme profissionais do setor, os desafios para que a cidade receba essas grandes companhias são grandiosos. Primeiro, porque há alegação de que é preciso um grande fluxo de passageiros para compensar a escala em Rondonópolis. Segundo, porque, outra alegação é de que, tecnicamente, a proximidade com Cuiabá inviabiliza a descida desses jatos na cidade. Para se ter uma ideia, um jato decola de Rondonópolis e, em 16 minutos, está pousando na capital mato-grossense. Para a aviação a jato, há profissionais que atestam que o ideal seria que fosse realizado um voo de ao menos 30 minutos, para que a parte operacional das turbinas, comandada em ciclos, não fosse prejudicada.

O assunto gera controvérsia. Por outro lado, há pessoas que entendem que a região de Rondonópolis, englobando vários municípios, tem, sim, demanda para receber vôos comerciais de grandes empresas da aviação. Essas pessoas também acreditam que, na verdade, as péssimas condições de conservação da infraestrutura e de não adaptação a diversos itens de segurança e normas exigidos pela Anac é que deixam o aeroporto local impossibilitado de abrir concorrência às demais empresas.

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