Com 93.594 votos conquistados na eleição de domingo (3), José Riva (PP) chega ao seu quinto mandato consecutivo de deputado estadual e sendo pela quarta vez seguida o mais votado para o cargo. Ele só não foi o mais votado em 1994, quando se elegeu pela primeira vez deputado estadual pelo PMN.
A primeira disputa para deputado estadual ocorreu em 1990, quando Riva ficou com a segunda suplência. O êxito da trajetória política ocorreu em 1994, quando foi eleito deputado estadual com 8.090 votos. Em 1998 obteve 29.777 votos; em 2002 foram 65.389 – conseguindo, proporcionalmente, alcançar a marca de deputado estadual mais votado do Brasil. Em 2006 foi reeleito com 82.799 e, no último domingo, 93.594
Através da assessoria, Riva declarou que a votação expressiva nas urnas o respalda a continuar a luta pela diminuição das desigualdades regionais. Um dos setores que terá prioridade é o da Saúde. Além de fortalecer os hospitais regionais e aumentar o número de leitos, Riva pretende auxiliar na viabilização da construção de um hospital infantil em Cuiabá.
Outra proposta defendida por Riva é pela redução da carga tributária. Segundo ele, se o Estado conseguir fazer uma reforma tributária, diminuindo as taxas, será possível tirar da informalidade muitos trabalhadores. Para ele, a carga tributária alta e as desigualdades regionais dificultam o crescimento da nossa economia. “Com a redução da carga tributária, o comércio crescerá e, ao mesmo tempo em que o Estado vai crescer em arrecadação, a população sentirá os benefícios, com mais renda e qualidade de vida”, afirmou.
Antes de assumir a cadeira por mais quatro anos, no entanto, Riva terá que brigar na Justiça Eleitoral para retornar a Assembleia Legislativa. O progressista teve o mandato cassado em julho devido a um processo, instaurado durante a eleição de 2006, no qual ele é acusado de compra de votos no município de Santo Antônio de Leverger e “caixa dois”. A ação foi movida pelo Ministério Público Estadual. Ele já recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nestas duas instâncias ele perdeu os recursos que protocolou, mas no TSE ainda há um outro recurso no aguardo de julgamento.