Serão concluídos até sexta-feira os trabalhos de vistorias em 95 madeireiras localizadas em Sinop, Nova Mutum, Juara, Santa Carmem, Cláudia, Guarantã do Norte, Vera, Feliz Natal, Marcelândia, Alta Floresta, Paranaíta, Carlinda, Terra Nova do Norte, Matupá, Nova Guarita, Peixoto de Azevedo, Lucas do Rio Verde, entre outros municípios da região.
Os relatórios estão sendo finalizados pela Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema), em cumprimento a liminar concedida pelo juiz José Zuquim Nogueira, proposta pelo Ministério Público. As indústrias foram lacradas e tiveram os cadastros suspensos no CC-Sema. Todas estão sendo investigadas por possível envolvimento em fraudes na comercialização de madeira ilegal. Algumas já obtiveram liminares e retomaram as atividades.
O esquema, desmantelado durante a operação Guilhotina, no início do mês, estaria funcionando nesses 24 municípios. Os planos de manejo eram aprovados, em curto espaço de tempo, mas as áreas em que era autorizada a retirada da madeira permaneciam intactas. Os créditos eram utilizados para ‘esquentar’ estoques que estavam nos pátios das empresas.
Durante as vistorias, os técnicos estão levantando a quantidade de produto estocada e sua procedência, em cada indústria. Caso alguma empresa esteja trabalhando regularmente, terá autorização para retomar os trabalhos. As investigações são conduzidas pela Polícia Judiciária Civil do Mato Grosso e pelo Ministério Público, que calcularam em R$ 58 milhões o volume movimentado com a extração e comercialização ilegais.
Na época, 41 pessoas foram presas, entre engenheiros, empresários e servidores da Sema. Alguns permanecem detidos enquanto prosseguem as investigações.