Para manter os serviços de destruição das armas apreendidas em Mato Grosso, o coordenador militar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, coronel Raimundo Francisco de Souza, informou que a partir de 2012 o recolhimentos dos objetos passará a ser semestral. Segundo ele, as datas para as operações não podem ser divulgadas devido à segurança que deve ser dada para o transporte dos itens.
Conforme explicou o oficial, o projeto, que faz parte da Resolução 134 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), será divido em etapas devido a extensão territorial do Estado. Além disso, os trabalhos terão ajuda da Polícia Militar, que deverá realizar o transporte de um município ao outro. Souza acredita que se apenas os servidores do Judiciário Estadual atuassem no recolhimento das armas e munições recolhidas nas comarcas, o trabalho duraria cerca de 2 anos até que os objetos pudessem ser destruídos pelo Exército de Campo Grande (MS).
De acordo com Raimundo Francisco, o trabalho de recolhimento precisa ser feito, pois os locais de armazenamento de armas e munições nos fóruns de Mato Grosso também são alvos dos criminosos. "É uma questão de segurança esse trabalho de recolhimento e destruição". Em relação as 5 mil armas entregues ao 44 ́ Batalhão de Infantaria Motorizada de Mato Grosso (44 BIMTZ), nesta segunda-feira (19), o coordenador informou que além dos itens terem sido retirados de circulação, o montante fará parte do programa nacional de desarmamento.
O comandante do 44 BIMTZ, coronel Mário Anselmo Marszalek, durante o ano de 2011, o Batalhão recebeu cerca de 10 mil armas e 24 mil munições de vários calibres. Segundo ele, se este material não tivesse sido retirado das ruas e continuasse a ser vendido, clandestinamente, os criminosos poderiam lucrar até R$ 10 milhões.
