O impasse para o aumento na tarifa do transporte coletivo, para R$ 3,10 deverá ter uma definição nesta quarta-feira (26). O presidente da Comissão de Transporte, da câmara de Cuiabá, vereador Haroldo Kuzai (SDD), disse em entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Record, que uma reunião acontecerá entre os empresários do setor e o Conselho Municipal de Trânsito, para debater o assunto.
Acontece que no ano passado houve um aumento de R$ 2,60 para R$ 2,95 e em junho, chegou a reduzir para R$ 2,85, ainda R$ 0,25 além do que deveria. O valor da tarifa foi reavaliado após relatório de uma comissão técnica ter apontado irregularidades nos números apresentados pelas empresas sobre tarifa cobrada anteriormente, de R$ 2,85. A comissão foi criada e após um decreto municipal, foi reduzida novamente, voltando ao preço de origem, R$ 2,60.
Kuzai disse que a alegação dos empresários é que a planilha de custo de despesa, que foi apresentada no ano passado, estava incompatível. Os empresários alegam que tinham carros a mais, custos a mais, que não foram considerados. O vereador salientou que nesta reunião ficará definido de fato se o aumento será ou não efetivado e se tal aumento estará de acordo com a Lei.
“Eles dizem que a aquela planilha que foi apontado sobre preço não estava com dados corretos, em cima disso estão pedindo reajuste da tarifa. Os empresários alegam que não tem condições de continuar funcionando sem o reajuste, mas temos que avaliar a questão do reajuste do ano passado. Vamos pedir que a planilha seja pública e encaminharemos ao Ministério Público”, explicou.
Vale ressaltar que o vereador Dilemário Alencar (PTB) protocolou final do ano passado, uma representação no Ministério Público do Estado (MPE), contra as empresas. O parlamentar fez um estudo e apontou que o aumento indevido gerou ônus de R$ 13 milhões aos usuários do transporte coletivo. Alencar pede a devolução deste montante ao usuário ou que seja compensado em melhorias no transporte.