Fifa, Comitê Organizador Local (COL), Estado e prefeitura apresentaram, esta manhã, regras e premissas para utilização de marcas comerciais da entidade e no entorno dos espaços oficiais durante o evento esportivo. Conforme o Programa de Proteção às Marcas e Patentes, marcas que não pertencem aos 22 parceiros comerciais da Fifa deverão ser cobertas durante os dias de eventos em um perímetro de dois quilômetros.
A medida impede o que a entidade chama de marketing de emboscada, ou seja, quando uma empresa se apropria das marcas registradas pela Fifa, como Copa do Mundo, para promover produtos e serviços. A entidade apresentou números que mostram o tamanho do problema. Desde 2010, mais de 350 casos já foram constatados por técnicos da entidade apenas no Brasil.
Segundo a entidade máxima do futebol, é proibida a distribuição de brindes de empresas que não fazem parte da relação de patrocinadores, a publicidade ambulante, o estacionamento de caminhões em dias de jogos no perímetro e a instalação de empenas e outras placas de publicidade. Para justificar imposições tão severas, a entidade ressalta que das 38 competições organizadas no período de 4 anos, apenas a Copa do Mundo gera lucro e é com esta receita que os outros torneios são custeados.
O secretário municipal de Esportes, Carlos Brito, ressalta que a reunião é uma importante forma de mostrar às empresas os limites, deixando claro aquilo que é permitido ou não. Ele defende no entanto a redução do perímetro, como forma de se garantir o efetivo cumprimento da medida. "Entendemos que quanto menor, melhor para as pessoas. Isso precisa de forma técnica e legal ser discutido. Nós estamos internamente analisando a compatibilização destes limites".