Áreas rurais da região de Sinop estão sendo autuadas pela Secretaria do Estado de Meio Ambiente pela prática irregular de queimadas nos últimos dias. Desde o dia 25, as queimas estavam liberadas no Estado, mas, mesmo assim, necessitavam da autorização da Sema para serem realizadas, o que não ocorreu em muitas propriedades.
Segundo o supervisor regional em Sinop, Paulo Winter, quando houve a liberação alguns focos foram registrados em áreas sem autorização. Com os fortes ventos, o fogo também se alastrou e atingiu outras fazendas. O resultado foi desastroso em todo o Nortão, onde cidades ficaram encobertas pela fumaça desde domingo. Aeroportos cancelaram vôos e aumentaram as filas nos hospitais e postos de saúdes por problemas respiratórios.
A situação de emergência resultou na proibição das queimadas novamente, até o dia 15, em todo o Estado. Equipes da secretaria estão intensificando vistorias na região, quando detectados os focos. “Não temos como evitar as queimadas, o proprietário deve estar consciente dos riscos”, justificou Winter. A fiscalização conta com apoio do satélite. “Caso seja detectado, mesmo que não cheguemos ao local no momento, as coordenadas são registradas pelo satélite e a equipe vai no local posteriormente”, explicou.
Somente em setembro, o Satélite NOAA-15, do Programa de Prevenção e Controle de Queimadas e Incêndios Florestais na Amazônia Legal (Proarco) registrou 9.160 focos, o maior número do país e o dobro de agosto, quando foram 4.245.
Em julho, uma operação foi realizada na região e resultou na autuação de sete propriedades em Sinop, Cláudia, União do Sul e Porto dos Gaúchos por cometerem queimadas e desmates ilegais. Foram devastados 1.314 hectares de mata. As multas chegam a R$ 1,5 milhão.