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Pronto Socorro de Várzea Grande pode parar atividades na segunda-feira

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Os mais de 560 servidores do Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande ameaçam paralisar as atividades da unidade na segunda-feira (19) caso não haja o pagamento dos salários atrasados. Enquanto os médicos estão há 105 dias sem receber, enfermeiros e outros funcionários contabilizam 90. A direção hospital acusa a Secretaria de Estado de Saúde (SES) de não realizar os repasses com o intuito de sucatear as atividades e transferir a administração para uma Organização Social de Saúde (OSS).

O diretor clínico da unidade, Glen Carlo de Arruda, lamentou o fato de que vidas estejam sendo usadas para este fim. "Não tenho a menor dúvida de que os atrasos nos repasses ocorrem apenas com o objetivo de criar uma situação propícia para que uma OSS assuma a direção".

Este tipo de administração foi empregada pela SES no Hospital Metropolitano de Várzea Grande, inaugurado no último mês. Segundo Arruda, a dívida do governo estadual com a unidade é de cerca de R$ 2,4 milhões, o equivalente a 2 meses de repasses. Já no caso da prefeitura de Várzea Grande, a inadimplência atinge R$ 8 milhões. A única verba que chega ao PS é a da União e com ela é possível realizar a compra de insumos usados no atendimento a pacientes. "Já tivemos que dividir entre médicos e enfermeiros até o pagamento pela compra de lâmpadas".

Para cumprir a ameaça de greve, os sindicatos que representam a categoria já se articulam para realizar assembleia que marcaria o início do movimento grevista no sábado (17). Apenas a quitação dos salários atrasados pode impedir o fechamento da unidade, que registrou em julho 12 mil atendimentos, teve 650 pessoas internadas e realizou, com apenas 1 centro cirúrgico, 140 operações. "Não é mais admissível aceitar trabalhar nestas condições, com pessoas agonizando todos os dias nos corredores", afirmou o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem do Estado (Sinpen/MT), Dejamir Soares.

A dirigente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), Elza Luiz de Queiroz, confirma que as categorias negociam, há vários meses, com o Poder Público, uma solução para o impasse. Nesta quinta-feira (15), servidores estiveram na Câmara de Vereadores para apresentar as condições do PS.

Outro lado – Por meio das assessorias de imprensa, a SES e a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) informaram que técnicos estão reunidos para realizar o empenho e a liquidação das verbas em atraso e que os repasses serão feitos em breve.

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