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Promotora é contra a liberdade para Silval

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O Ministério Público Estadual (MPE) se posicionou de forma contrária ao pedido de soltura formulado pela defesa do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), no processo decorrente das segunda e terceira fases da Operação Sodoma. No documento, a promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco destaca que além de não existir nenhum acontecimento novo que justifique a liberação de Silval, o fato do político estar preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) trouxe segurança para que outras pessoas delatassem as ações da organização criminosa e ainda impediria o ex-governador de fugir para evitar o cumprimento de eventuais penas.

No pedido, os advogados de Silval alegam que os depoimentos do empresário Willians Paulo Mischur e do ex-secretário Cézar Roberto Zílio não possuem mais a mesma credibilidade, após a homologação judicial parcial do acordo de colaboração firmado por eles.

Em resposta, Bardusco foi taxativa ao afirmar que não há prejuízo e nem tampouco fatos novos, uma vez que não houve alteração fática e nem jurídica do termo de colaboração judicial firmado com Zílio. “Frisa-se, que não é da rotina e nem da estirpe do Ministério Público se enveredar por caminhos obscuros, nebulosos e ilícitos, não podendo se curvar a falsa acusação de que teria feito ‘arranjos e combinações entre supostas vítimas e colaboradores’ para sustentar a prisão cautelar do réu Silval Barbosa e dos demais comparsas da organização criminosa que a compõem”, ressalta a promotora no documento.

A promotora prossegue afirmando que a periculosidade de Silval está comprovada pelos depoimentos de Mischur, do também empresário Júlio Minori e do ex-secretário Pedro Nadaf, que afirmou ter recebido, dentro do CCC, ameaça do ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Corrêa Araújo, sobre uma possível colaboração premiada que estaria em andamento. “Há provas nos autos de que a organização está em plena atividade, ilustrando que mesmo tendo parte de seus membros encarcerados, regidos pelo comando do líder Silval Barbosa, são capazes de ameaçar réus colaboradores e pretensos colaboradores que outrora eram seus cúmplices, tudo com o propósito de alcançarem a impunidade”.

Bardusco pontua que após a prisão de Silval foi possível o avanço das investigações, “criando ambiente de confiança e segurança para que os que foram envolvidos pelas teias traçadas pela organização criminosa procurem a Justiça e relatem toda a sorte de condutas e práticas executadas ao longo da gestão de Silval”.

Outro ponto destacado é a confissão, por parte do ex-governador, que disse em juízo saber com antecedência que seria preso em setembro do ano passado. “Assim senão queria passar por suposta situação ‘vexatória’ questiona-se porque preferiu fugir do distrito da culpa em vez de dirigir-se até ao juízo que a decretou e se apresentar espontaneamente?”, questiona Bardusco. O novo pedido será apreciado pela juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda.

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