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Projeto de zoneamento do Estado será debatido em 12 audiências públicas

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Doze audiências públicas serão promovidas pela Comissão de Zoneamento Sócio-Econômico Ecológico do Estado (ZSEE) para finalização do projeto. Hoje e amanhã, cinco grupos de trabalhos, também estão debatendo as diretrizes e propostas que compõe o processo a ser desenvolvido. Participam 47 representantes do setor produtivo e ambiental, de órgãos estaduais e do coordenador nacional de Zoneamento do Brasil, Márcio Del Prette, do Ministério de Meio Ambiente.

“Como o governador ressaltou na abertura das discussões, na segunda-feira, o zoneamento não é uma resposta às ONGs (Organizações não-governamentais), mas um trabalho de 12 anos que não ficou parado”, afirmou o secretário de Planejamento e Coordenação Geral, Yenês Magalhães. Segundo ele, nesse período que todos acreditavam que o trabalho estava parado, o zoneamento de Mato Grosso foi discutido com pelo menos 1.600 pessoas. “Estamos buscando ser mais transparente e democrático possível”, reforçou Magalhães.

O consultor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Amado de Oliveira Filho, considera o processo de discussão bom para ampliar o conhecimento da sociedade sobre o assunto. “É a oportunidade para discutirmos as pendências desde a fase da elaboração ao projeto de lei”, disse Filho, que lamenta a não permissão para apresentação de novas propostas ou alterações na metodologia do processo.

Como representante do setor produtivo, Edson Keller, declarou que “já foram investidos muito dinheiro e negócios. Esse zoneamento já deveria ter acontecido há 50 anos e o Código de Florestal Brasileiro também já deveria ter sido atualizado, por que tudo mudou, a ciência e tecnologia, mas as nossa leis não foram atualizadas”, argumentou o produtor.

Para Keller, não só o Governo de Mato Grosso, mas todos estados do Brasil precisam fazer uma recuperação de áreas, mas dentro de um prazo e um processo, além de reunir a classe dos produtores, ambientalistas e todos os técnicos nessa discussão. “Temos que ter cuidado com meio ambiente, deixá-lo melhor que o recebemos, porque estamos tendo mais educação e tecnologia, mas respeitar também os produtores que moram na região”, acrescentou.

“Uma discussão fundamental para discutir ordenamento e ocupação do Estado. Esse documento vai estabelecer quais as políticas para as diversas zonas de Mato Grosso, as áreas que devem ser conservadas, as áreas da agricultura que devem ser cultivadas e as áreas que devem se manter como unidades protegidas”, analisou o representante do Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), João Andrade.

“A idéia tanto do setor produtivo quanto do ambiental é que se preserve os recursos naturais de uma forma que se produza, isso ao longo dos anos, que o Mato Grosso continue sendo um Estado produtor, porque a gente entende que é importante”, completou.

A maior ansiedade, segundo ele, está em saber que mecanismos serão utilizados para o monitoramento e avaliação da implementação desse documento. “Vamos sair daqui com uma série de diretrizes para o uso e ocupação desse território”, finalizou.

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