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Professora da UFMT denuncia abandono de animais no campus em Cuiabá

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“Foi atitude de quem está cansada de fazer a tarefa de outros”. Assim a professora da Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Mato Grosso e protetora de animais, Loanda Maria Gomes Cheim, definiu a decisão de registrar boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia Especializada do Meio Ambiente, localizada na Secretaria de Estado de Meio Ambiente, após registrar um flagrante de abandono de animais no câmpus de Cuiabá. A denúncia por crimes contra a fauna, maus-tratos a animais silvestres, domésticos ou domesticados deverá ser investigada pelo delegado Carlos Fernando Cunha.

Loanda Cheim critica a visão equivocada das pessoas de que os animais abandonados no câmpus da UFMT passam a ser “um patrimônio da universidade” e utilizam várias desculpas, dentre elas, que a instituição vai cuidar e terão proteção. O que não é verdade, explica, pois esses animais não recebem alimentação adequada, nem vermifugação ou vacinação profilática, ficando vulneráveis a diversas parasitoses. Ela sugere a realização de um trabalho de fiscalização, especialmente nos finais de semana, para coibir o abandono dos animais no câmpus.

A professora alerta que abandonar animais é crime e defende um trabalho de conscientização da população, especialmente da comunidade interna, sobre a proteção aos animais para solucionar o problema. Lembra ainda que esse processo envolve várias ações como a guarda responsável – castrar e vacinar o animal – e três atores: coletividade, poder público e proprietários desses animais.
Para a professora, o que falta é vontade para resolver o problema efetivamente. Ao lado da mãe, Cleonice Gomes Cheim, uma das fundadoras da Associação Voz Animal de Mato Grosso, acompanha essa situação há 20 anos. Ela considera importante a discussão do problema e a execução de ações integradas envolvendo os três atores. Quarta-feira (5) à noite, na Associação dos Moradores do Jardim Imperial, foi realizada uma reunião para discutir o abandono de animais na região.

A reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, lamenta que, apesar das inúmeras denúncias nas mídias e de avisos nas vias de acesso ao câmpus de Cuiabá de que o abandono é crime, muitas pessoas ainda utilizam os espaços da UFMT para abandonar seus animais. Para reitora, a quantidade de animais hoje no câmpus dificulta a implantações de ações mais objetivas. Informa ainda que já há algum tempo uma comissão se reúne para buscar um caminho que possa contemplar a qualidade de vida destes animais, a eliminação de eventuais riscos para a saúde da comunidade universitária e a contínua campanha de conscientização da responsabilidade que cada cidadão tem com os seus animais de estimação.

Em diferentes momentos, professores e estudantes do curso Medicina Veterinária desenvolveram ações para amenizar este problema. Porém, a quantidade de animais e o abandono sistemático acabam por criar dificuldades para ações desta ordem. Contar com a consciência da população, no que diz respeito à responsabilidade com a vida do animal, e estimular a prática da adoção são caminhos possíveis para a redução do número de gato no câmpus, admite.
Ação civil pública

Diante do agravamento do quadro, o promotor de Justiça, Gerson Barbosa, ingressou com uma ação civil pública, com pedido de liminar, no dia 13 de julho, para que o município de Cuiabá adote as providências necessárias.

A informação é da assessoria.

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