O Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar supostas irregularidades nas obras e serviços de engenharia do aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, para a Copa do Mundo em Cuiabá, entre junho e julho. A procuradora da República, Bianca Brito de Araújo, determinou as investigações, após a queda de parte da cobertura (forro) incluindo também o forro, depois de forte chuva no último dia 1º.
A procuradora considerou tratar-se de obra pública custeada com recursos federais levada a efeito pelo Termo Aditivo à Matriz de Responsabilidades de 19 de julho de 2010 relativa à Copa do Mundo, celebrada entre o Ministério do Esporte, o Governo do Estado do Mato Grosso e Prefeitura de Cuiabá.
A procuradora determinou juntada aos autos, Matriz de Responsabilidades e respectivo termo aditivo assinados pelos entes federativos; instrumento de parceria entabulado entre a Infraero, além do o edital de concorrência que licitou o projeto executivo, proposta vencedora e o contrato administrativo.
Foi determinado ainda à Secopa, para que preste as informações que entender pertinentes em relação à queda do teto da ala de desembarque do aeroporto Marechal. Foi solicitada ainda a designação de engenheiro da Procuradoria- Geral da República para atuação no caso. “Com a chegada do projeto executivo e demais elementos acima requisitados, encaminha-se todo o material para elaboração de parecer conclusivo sobre possíveis vícios no projeto e/ou execução da obra, apontando os respectivos responsáveis”, consta.
Pouco tempo depois do incidente, o governo do Estado emitiu nota apontando queda de parte considerável do forro e que exigirá das empresas responsáveis pela reforma avaliem as condições físicas do local e façam as correções necessárias e que isso faz parte das exigências do acordo no contrato. “O governo acrescenta que os danos foram provocados por ventos com velocidade entre 50 a 70km/h. Nenhuma pessoa foi atingida e não houve danos materiais aos veículos que estavam estacionados nas proximidades”, destacou.
Por outro lado, há relatos de pessoas que tiveram carros riscados e uma com retrovisor danificado por conta das placas do forro que foram arrastadas. Não foi informado o valor do prejuízo, nem se haverá algum tipo de custo para o próprio governo.