O procurador geral de Justiça em Mato Grosso, Paulo Prado, disse, hoje, que os negócios feitos pela Telex Free podem ser uma “espécie de fraude, uma espécie de estelionato”. Ele considera que as pessoas podem estar entrando em “uma grande enrascada e pode levar um grande prejuízo” ao avaliar, em entrevista na Tv Centro América, o modelo em que as pessoas passam a “depositar” determinadas quantias financeiras para a empresa e, a curto prazo, teriam grande lucro sobre o referido valor. O Ministério Público investiga suspeita que a empresa opera na modalidade de pirâmide financeira o que é proibida por lei. A empresa (sediada em Vitória-ES) diz que atua no sistema de telefonia via internet e recruta pessoas que publicam anúncios em sites, redes sociais sendo remuneradas para esta atividade.
A Promotoria de Lucas do Rio Verde apura indícios de crime contra economia popular e estelionato. A promotora Fernanda Pawelek, disse que “há pessoas fazendo empréstimos, se desfazendo de economias para entrar nesta empresa, vão acabar tendo prejuízos e depois não podemos remediar isto”.
A emissora mostrou gravação feitas em Várzea Grande, durante reunião para conseguir mais gente para “investir” no negócio, onde dois homens que já estariam trabalhando no Telex Free, aparecem fazendo propagandas muito positivas dos lucros que obtiveram. Um afirmou que, pela primeira vez, vai conseguir comprar um carro de R$ 84 mil e pagar à vista. Outro diz para os que assistem a palestra: “Domingo ganhei R$ 7 mil e hoje ganhei quase R$ 5 mil”. Ele não explicou quanto investiu.
Outro lado:
O advogado da empresa, Horts Fuchs, nega que a Telex Free atue de forma ilegal. Ele afirma que não tem irregularidade no trabalho. “A forma (de remuneração) é de bonificação divulgação dos divulgadores da Telex Free que premia o desempenho, assim como qualquer vendedor é pago, premiado, pelas comissões de acordo com que ele vende”, rebateu.
(Atualizada às 08:54h em 14/03)