O TRF está concendo habeas corpus de ofício onde revoga decreto de prisão temporária dos 105 acusados em Mato Grosso por invasão de terras indígenas e exploração ilegal de madeira, presos na Operação Kaiaby, da Polícia Federal. Pelo menos 28 pessoas, de Paranaíta e Alta Floresta, que foram recambiadas para Sinop, acabaram sendo levadas para o presídio Ferrugem. O grupo estava, desde a semana passada na cadeia, que fica no centro da cidade. Agora, apenas as mulheres permanecem na unidade. Todos já prestaram depoimentos para a Polícia Federal no inquérito onde são denunciados pelo Ministério Público Federal. Advogados de alguns dos acusados conseguiram obter na Justiça a liberdade dos acusados para que respondem processo em liberdade. As prisões decretadas pelo juiz federal Julier Sebastião da Silva são temporárias, com validade de 30 dias. “Ainda hoje os acusados começam a serem colocados em liberdade”, explicou o advogado Claudio Alves Pereira.
O diretor do presídio, Silas Parra, disse, ao Só Notícias, que a transferência foi feita devido a falta de estrutura da cadeia, que foi parcialmente desativada no mês de janeiro, com o início das atividades do Ferrugem. Os 28 acusados estão em uma ala separada dos demais detentos.
O grupo foi preso em Sinop, Alta Floresta e Paranaíta. Pesam sob eles as acusações de grilagem de terras públicas; exploração das florestas da terra indígena Kayabi; crimes contra o meio ambiente e a Administração Pública; extração, transporte e comercialização ilegal de madeiras; e genocídio contra as etnias indígenas Kayabi, Apiaká e Munduruku, que vivem na reserva Kayabi.