Madeireiros, servidores públicos e agricultores presos na operação Mapinguari, na última quarta-feira, no Nortão, deixam à meia-noite o presídio Ferrugem e a cadeia municipal. Só Notícias apurou que três mulheres e 22 homens, entre eles dois índios, continuam detidos. Todos foram ouvidos pela Polícia Federal sobre a acusação de envolvimento na extração e transporte ilegal de madeira nas áreas indígenas do Parque Nacional do Xingú, de onde foram retiradas cerca de 2.300 cargas de madeira de diversas espécies.
A PF e Ibama apuraram que o esquema seria facilitado por um grupo de índios. O cacique Ararapan Trumai também foi preso. Outras pessos foram detidas em Feliz Natal, Sorriso, Vera e Sinop. Para algumas delas foram concedidos habeas corpus. Em todo o Nortão foram 29 mandados de prisão. Outros foram cumpridos em outros Estados.
Durante a operação, fiscais encontraram, no Parque do Xingu, uma quantidade considerável de toras ( peroba, cedrinho e outras espécies) prontas para serem transportadas e negociadas. Foram apreendidas, bem como tratores de esteira e pás-carregadeira. Na operação também foi apreendida uma carreta Scania vermelha e até um cofre, de um dos acusados, além de diversas caixas com documentos que vão para o Ministério Público e a Justiça Federal.
A Polícia Federal batizou a operação de “Mapinguari” – criatura nativa da Floresta Amazônica, que pode ter até dois metros de altura, mas ainda desconhecida pelos cientistas. Alguns acreditam que seria um tipo de preguiça gigante.