As equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Trabalho e Habitação realizaram uma triagem de moradores de rua, ontem. A ação contou com apoio do Batalhão da Polícia Militar e foram identificadas 16 pessoas nessa situação. Um dos pontos onde estas pessoas ficam é uma praça em frente à Catedral Sagrado Coração de Jesus.
“Conversamos com o major Mariowillian [chefe da PM local] e ficou definida essa ação. Nesta terça saímos às 5h e fomos em dois locais onde identificamos que essas pessoas pernoitam. Um desses locais é a praça em frente à catedral. Ali, dois moradores em situação de rua tinham documentos e nos relataram que vieram do Pará à procura de emprego”, explicou a secretária de Assistência Social, Josi Palmasola.
De acordo com a secretária, nesses casos a própria secretaria dará o encaminhamento para que esses moradores sejam conduzidos para abrigos e inseridos no mercado de trabalho. Outros casos identificados são de pessoas que pretendem retornar para as cidades onde se encontram suas famílias. “Alguns já pediram que querem ir embora. Estamos checando os dados que passaram e se realmente a família está no local para onde querem ir”.
A maior dificuldade está em conseguir identificar os moradores que não possuem documentos. Segundo Josi, a ação conjunta com a Polícia Militar é fundamental, uma vez que se consegue selecionar quais casos são atendidos pela Secretaria de Assistência Social, quais são relacionados à segurança pública e quais seriam atribuição da Secretaria Municipal de Saúde.
A secretaria deu início a uma série de diálogos com representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Ministério Público, forças de segurança, e entidades da sociedade civil organizada visando o estabelecimento de ações que avaliem a condição e proponham políticas públicas voltadas à população em situação de rua, em Sinop.
Um dos objetivos é assegurar a proteção dos direitos humanos deste público que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular. Em muitos casos, áreas públicas ou espaços degradados acabam se tornando pontos provisórios – ou definitivos – de moradia para esta população.
Após triagem, realizada nessa terça, já está prevista para a próxima semana mais uma reunião com os poderes e entidades envolvidos na “força tarefa” para que possam ser definidas as próximas ações.