O PPS também vai dar sua contribuição para atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e prevê dedicar parte dos 10 minutos de sua propaganda partidária para fazer críticas ao governo do qual se desvinculou no final de 2004.
O programa, que vai ao ar nesta quinta-feira, está quase fechado e deve ser concluído na noite de hoje, diz Adão Cândido, secretário de Comunicação do partido. Será o terceiro ataque consecutivo ao governo em menos de dois meses, após os programas do PFL e do PSDB.
O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire, vai abrir o programa, e deve explicar porque a legenda decidiu apoiar o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, e depois, porque optou por fazer oposição ao governo Lula.
O secretário de Comunicação do partido diz que o partido preferiu se concentrar em críticos à gestão do governo, sem tanta ênfase às críticas da corrupção.
O PPS, diz Cândido, vai questionar as realizações do governo Lula na área social, argumentando que foi em seu governo que os grandes bancos tiveram seus maiores lucros devido à política de juros altos. A estratégia é vender a idéia de que os “juros são o processo mais concentrador de renda”, em uma tentativa de desmontar o discurso de Lula de que se “nunca se fez tanto” pela população carente.
No momento de justificar seu apoio a Alckmin, o deputado Freire deve dizer que o PPS inicialmente apoiou o governo Lula porque desejava mudanças na política econômica, mas que o PT “não entregou o que prometeu”.
O PPS vai defender que apoiar o candidato tucano à Presidência é uma forma de apostar em mudanças na gestão econômica, apesar de Alckmin fazer parte do partido que sustentou a política econômica criticada pela legenda de esquerda.
Os outros blocos do programa devem ser dedicados a apresentar os seis candidatos do partido aos governos estaduais e mostrar as atividades da bancada federal do PPS nas CPIs.