Quarenta e dois policiais rodoviários federais que atuam hoje na malha viária federal de Mato Grosso pediram transferência para outros Estados, reduzindo ainda mais o efetivo de 325 homens.
Do total de policiais lotados na Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 44 desenvolvem atividades burocráticas. O saldo de policiais para atuar na segurança dos cerca de 4 mil quilômetros de malha viária federal, entretanto, é bem menor. Dos 281 restantes, devem ser excluídos os que estão de férias, licença médica e outros cinco que pediram aposentadoria por tempo de serviço.
Em agosto 36 aprovados em concurso público realizado no começo do ano vieram para o Estado e quase todos pediram transferência menos de dois meses depois. Para que a situação não seja agravada devido a proximidade das festas de final de ano, as transferência somente serão autorizadas em janeiro de 2006.
A situação é tão dramática que o superintendente do órgão, inspetor Clarindo Ferreira, quer o fechamento de quatro, dos 19 postos, em Mato Grosso. Em Água Boa (BR- 158), na Serra da Petrovina (BR-364), em Itaúba (BR-163) e Campo Verde (BR-070). Cada um possui apenas dois policiais por plantão, informa A Gazeta.
Ele afirma que para cuidar da área tida como rota para traficantes, na Br-070 (que dá acesso a Cáceres), existem apenas 9 policiais trabalhando por plantão, divididos em três postos. Em 2003, pelo número reduzido de policiais dois postos, o do Limão (BR-070) e o de Comodoro (BR-174) foram fechados.
A direção nacional da PRF garante que em dezembro mais uma turma, formada por 550 homens aprovados no concurso público, se forma. A direção nacional se comprometeu a encaminhar novos homens para o Estado mas o montante ainda é desconhecido. Na avaliação de Ferreira, em regime de urgência, mais 80 homens teriam de ser integrados ao efetivo. Quanto ao número ideal para cuidar das vias federais mais 250.