O policial rodoviário Carlos Roberto Gonçalves deve ser interrogado hoje, em Sinop, pelo juiz da 1ª vara criminal, João Manoel Guerra. Durante a audiência, marcada para às 14 horas, serão ouvidas as testemunhas de acusação, entre elas pessoas que estavam presentes no dia em que o policial efetuou mais de 10 tiros em uma danceteria, no centro da cidade, deixando três pessoas feridas. A jovem Adriana Esser foi alvejada na coluna e perdeu o movimento nas pernas.
Em seu último interrogatório, no dia 16 de maio, Carlos teria dito que não recordava de ter efetuado os disparos com a pistola 0.40, de uso exclusivo da polícia, e que não levou a arma quando saiu de casa. O depoimento, em que o policial também teria afirmado não conhecer as vítimas, foi divulgado pelo Tribunal de Justiça (TJ).
A arma utilizada por Carlos no dia 14 de abril não foi localizada. A polícia fez buscas, mas não conseguiu recuperá-la. Há suspeitas de que ela tenha sido furtada, já que, depois de efetuar os disparos, o policial foi espancado por um grupo de jovens, nas proximidades, e ficou muito ferido. Ele chegou a ser encaminhado para o Hospital Regional de Sorriso, onde ficou internado.
O acusado está preso em Cuiabá e será escoltado para Sinop. O pedido de hábeas corpus encaminhado pela defesa foi negado. O motivo alegado é que “os crimes em que está denunciado são daqueles considerados como hediondo, circunstância que não autoriza a liberdade provisória”.