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Policial acusado de tráfico e homicídio é demitido em Mato Grosso

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O policial civil J.A.S. foi exonerado após a condenação dele por tráfico de drogas e homicídio em Mato Grosso. No despacho, publicado hoje, consta que o governador Silval Barbosa acolheu “na íntegra às recomendações da Procuradoria-Geral do Estado”. O processo administrativo para investigar as ações do policial foi instaurado em 2008.

O investigador foi condenado, em março, há 15 anos de prisão pela morte de Rui Alberi Antunes Junior, assassinado em julho de 2008, em Cáceres. Na ocasião, o crime causou repercussão na região. A vítima teve uma peça de motor de caminhão amarrado no pescoço. O corpo foi jogado em um córrego, na região do Caramujo, onde foi encontrado, por pescadores, após oito dias do crime.

A vítima seria responsável pela venda de 90 quilos de cocaína, recebidos em troca de duas aeronaves, roubadas no município de Mirassol `Oeste, em 2007, e levados para a Bolívia. De acordo com uma testemunha, J.A.S. teria levado a vítima para mais três comparsas. Após ser torturada foi lançada com vida dentro do rio. O policial teria ficado com a droga.

J.A.S. também é acusado de ser líder de uma quadrilha de traficantes que atuava na região de Cáceres. O policial foi preso em 2009, na operação “Fronteira Oeste”. De acordo com as investigações, o patrimônio do policial, na época, era de cerca de R$ 1 milhão. Ele estaria no tráfico desde 2005.

O grupo, conforme Só Notícias já informou, atuava no esquema conhecido como “arrocho”. Recebia informações de barqueiros, que são contratados como “mulas” (fazem o transporte das drogas), sobre quantias grandes de entorpecentes que seriam trazidas da Bolívia para Cáceres. Quando o carregamento chegava no Brasil, ele e a quadrilha abordavam os traficantes e tomavam a droga, que depois era distribuída no Estado.

Segundo o delegado Percival Eleutério de Paula, parte do dinheiro era entregue ao informante. Foi inclusive num destes “arrochos”, que um irmão de J.A.S. foi assassinado em 2007. De acordo com o delegado, o irmão do policial morreu ao roubarem 150 quilos de droga do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O policial também, de acordo com as investigações, já foi vítima de duas tentativas de homicídio praticadas por traficantes que foram roubados.

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