Uma minerada que faz extração de ouro, em uma área localizada a cerca de 70 quilômetros de Peixoto de Azevedo (197 quilômetros de Sinop) foi fechada após denúncia de crime ambiental. De acordo com informações do delegado de Polícia Civil, Luiz Felipe Leoni, três pessoas responsáveis pela empresa foram presas. Além disso, foram apreendidos uma escavadeira e sete caminhões basculantes.
“Estava havendo um impacto ambiental grande por contra da extração irregular. Tivemos conhecimento dessa situação por parte do setor de inteligência. Ocorreu a poluição. Toda ação foi feita em conjunto com a Delegacia Regional de Guarantã do Norte, Polícia Militar e o Ministério Público”, disse o delegado.
Leoni explicou ainda que os acusados foram encaminhados à delegacia para serem ouvidos. “Passaram pela audiência de custódia e o juiz arbitrou fiança de R$ 19 mil cada preso. Eles pagaram e estão respondendo o processo em liberdade”.
Outro lado
O advogado que presta serviço para empresa disse, ao Só Notícias, que não houve dano ambiental e nem poluição na área. “Para chegar até o minério é retirado a vegetação, terra e areia. A mineradora tem licença para tudo isso. Eles removem esse material, carregaram no caminhão para passar pelo processo de mineração. Não há química nesse material. No período da seca não há problema. Já neste período chuvoso foi feito um plano de contenção para 30 dias. Porém, acabou chovendo em um único dia todo o período planejado. Choveu muito e o barranco cedeu. Essa terra foi para uma lagoa, mas esse local não é de fonte. Só acumula água da chuva. Infelizmente trataram isso como crime ambiental e foi apenas um acidente”.
Ainda segundo o advogado, a minerada contratou uma empresa para fazer as análises no local. “Foi contratada uma terceirizada para fazer perícia e demonstrar no processo via fatos e fotos que não houve crime ambiental. Não há química. Foi uma ação natural da chuva”.
