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Polícia indicia comerciantes que lucraram R$ 3,2 milhões em abate e venda de gado clandestino em MT

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Redação Só Notícias

A Polícia Civil concluiu o inquérito da investigação que desarticulou um esquema criminoso envolvendo o comércio de carne, vinda de abatedouros clandestinos, na região dos municípios de Dom Aquino e Campo Verde (166 e 131 km de Cuiabá, respectivamente) e indiciou 10 pessoas, sendo comerciantes e um dono de abatedouro no procedimento investigatório. Os autos da investigação foram encaminhados ao Ministério Público Estadual.

O trabalho conduzido pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), que resultou na operação realizada no dia 14 de dezembro de 2017, em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Vigilância Sanitária, Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Na ocasião, a Polícia Civil cumpriu 8 mandados de prisão, sendo 6 temporárias, 2 preventivas e 17 mandados de busca e apreensão em oito estabelecimentos comerciais, 6 residências e 3 abatedouros rurais, localizados nos dois municípios, além de cinco conduções coercitivas. Foram apreendidas 17 toneladas de carne de origem clandestina, 4 armas de fogo, 168 munições, 120 litros de defensivos agrícolas, 172 caixas de cigarro.

Segundo a investigação, toda a movimentação clandestina teve como pivô o proprietário de um abatedouro clandestino localizado a 2 km de Dom Aquino, na localidade conhecida como “Entre Rios”, que possui ligação com o dono de uma distribuidora de carnes em Campo Verde.

“Em primeira ordem foi direcionada na análise do alvo principal e responsável pelo abatimento e fornecimento clandestino de gado na região de Dom Aquino e Campo Verde; em um segundo momento na análise das condutas ligadas aos estabelecimentos comerciais e suas respectivas células criminosas”, explicou o delegado Gianmarco Paccola Capoani, que presidiu o inquérito.

A investigação culminou no embargo de 1 frigorífico e 2 abatedouros clandestinos. A análise de documentos contábeis apreendidos comprovou que últimos 4 anos, o principal fornecedor movimentou cerca de R$ 3,2 milhões, no comércio e distribuição de carnes provenientes de seu abatedouro clandestino.

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