sábado, 18/maio/2024
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Polícia indicia 56 membros de facção criminosa em Mato Grosso

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Redação Só Notícias

A Polícia Judiciária Civil indiciou 56 membros da facção criminosa que tentava implantar uma espécie de milícia em cidades da região Sul do Estado. Os criminosos foram desarticulados na operação “Insurgente”, que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão nos municípios de Primavera do Leste, Cuiabá, Sinop, Rondonópolis, Pedra Preta, Alto Araguaia e Poxoreu, na última sexta-feira.

Os alvos da operação, coordenada pela Delegacia de Primavera do Leste e pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), foram indiciados por crime de organização criminosa, que tem pena de 3 a 8 anos, e alguns, que estavam aliciando também adolescentes para prática de crimes, vão responder por corrupção de menores, sujeitos de 1 a 4 anos de pena.

No caso dos investigados que já se encontravam nas unidades prisionais será realizada a somatória dos crimes atuais aos anteriormente por eles praticados.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, as provas produzidas pela investigação tiveram autorização da justiça para serem compartilhadas com outras unidades, que estão com investigações ligadas a crimes praticados por membros da facção criminosa.

Em audiência de custódia, os presos de Primavera do Leste tiveram as prisões mantidas. Apenas uma mulher, que está amamentando, foi teve concedida a prisão domiciliar, não tendo sido encaminhada ao Sistema Penitenciário.

A investigação foi coordenada pela delegada Anamaria Machado Costa, titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Primavera do Leste. “Por meio de um trabalho técnico e intenso foi possível apontar o papel de cada membro dessa facção criminosa que esta por trás da prática de crimes como roubo, tráfico de drogas, homicídios, latrocínio e aliciamento de menores por meio de ‘filiação/batismo’ para a prática de diversos delitos”, destacou a delegada.

Dos 87 mandados judiciais, sendo 31 de buscas e 56 de prisões, expedidos pelo Poder Judiciário, apenas duas ordens de prisão não foram cumpridas.

Conforme a delegada, em 10 meses de investigação, ficou comprovado que as ordens vinham de lideranças presas em presídios de Cuiabá, chamadas de “Conselho Final, que na hierarquia da organização, detinham maior poder de comando junto às lideranças intermediárias, intituladas como “vozes finais, que repassavam as ordens aos “disciplinas”, que executavam do lado de fora.

Um casal da cidade de Rondonópolis, era a principal liderança da região, que cumpria as determinações a mando da liderança do alto escalão, cuja o líder é reeducando da Penitenciária Central de Cuiabá (PCE).

“O grupo agia buscando liderar o comércio ilícito de entorpecentes, cobrando uma espécie de aluguel de cada boca de fumo e coagindo os pequenos traficantes para que comprassem a droga de pessoas indicadas por eles. Embora não seja o caso de Primavera do Leste, em algumas cidades, a organização criminosa chegava a intimidar também o comércio lícito exigindo que comerciantes ‘pagassem’ para não ser assaltados, por exemplo”, explica a delegada.

A delegada reforçou que todas as lideranças foram presas na operação Insurgente que mobilizou ao todo 102 policiais, 28 viaturas, e uma aeronave.

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