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Polícia Federal procura mais 34 acusados de envolvimento com esquemas florestais

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O procurador da República em Cuiabá (MT) Mário Lúcio Avelar afirmou, em documento apresentado à Justiça Federal, que o esquema montado para desmatamento ilegal em áreas da Amazônia –em Rondônia, Pará e principalmente Mato Grosso– tinha apoio da Diretoria de Florestas do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) em Brasília.

Segundo o Ministério Público Federal, o diretor de Florestas do Ibama, Antônio Carlos Hummel, preso na quinta, legalizava planos de manejo em terras indígenas e áreas de preservação.

O procurador identifica 197 planos aprovados para legalizar a extração de 4,5 milhões de metros cúbicos de madeira. Para cortar árvores, a madeireira precisa apresentar ao Ibama um plano de manejo que permite o reflorestamento. Como se tratava de extração ilegal, as empresas apresentaram planos falsos.

Conforme a acusação do Ministério Público Federal, apresentada à Justiça no pedido de prisão preventiva, Hummel gerenciava o Sisprof, o sistema que controla a extração no Brasil.

A Polícia Federal diz que a suposta quadrilha, da qual Hummel é acusado de fazer parte, desmatou 43 mi hectares (52 mil campos de futebol) em dois anos, o suficiente para encher de madeira 66 mil caminhões, movimentando R$ 890 milhões nesse período.

Até ontem 93 pessoas (47 servidores do Ibama) haviam sido presas. A Justiça Federal decretou a prisão de 127.

Outro lado
O delegado da PF Tardelli Boaventura, responsável pela investigações do esquema, disse que ainda não tomou o depoimento de Hummel porque o pedido de prisão foi do Ministério Público Federal. Conforme o delegado, Hummel, que chegou a Cuiabá na madrugada de sexta, está sem advogado e não pode dar entrevista à imprensa.

Em entrevista na quinta, o presidente do Ibama, Marcus Barros, disse que o órgão foi responsável pelas investigações resultando na prisão dos acusados de montar o esquema. “Estamos cortando na própria carne”, afirmou. Ontem, a reportagem não conseguiu contato com Barros.

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