Cinco fuzis, 2 carabinas, carregadores e cerca de 2 mil munições apreendidas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) já estão no depósito da Polícia Judiciária Civil, em Cuiabá, para serem periciados. De acordo com o delegado Jales Batista, diretor de Interior da PJC, a perícia pode descobrir se as armas foram fabricadas e trazidas da Bolívia ou Paraguai, configurando assim tráfico internacional de armas.
O mecânico Vanderlei de Souza, preso em flagrante na terça-feira (20), vem afirmando que buscou o armamento em Rondônia. A mercadoria seria entregue em um posto de combustíveis, localizado a 150 km da cidade do Rio de Janeiro. No ato da entrega ele receberia R$ 10 mil.
O delegado Jales Batista diz que até o momento o preso tem evitado dar informações mais concretas sobre a origem e o destino do armamento. Mas a Polícia trabalha com a hipótese de que as armas seriam destinadas a traficantes dos morros do Rio. Um disparo do fuzil apreendido, por exemplo, tem alcance de 600 metros. "Nós sabemos que Mato Grosso é um grande corredor de produtos ilegais, pela proximidade com Paraguai e Bolívia".
Por enquanto, a investigação é conduzida pelo delegado Rafael Possari, da Delegacia de Primavera do Leste (231 km ao sul da Capital), onde ocorreu a apreensão, na BR-070. Caso fique configurado tráfico internacional, a investigação ficará com a Polícia Federal.
De acordo com Vanderlei, essa seria a terceira vez que ele atravessaria o Estado com armas.